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O ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz admite se entregar aos Estados Unidos. Mas não será tão fácil para os americanos fisgarem o dirigente, um dos principais suspeitos do esquema de corrupção no alto escalão da Fifa. O paraguaio, segundo seus advogados, primeiro quer analisar os elementos da denúncia contra ele, e então poderá tomar sua decisão. Ele já descartou a extradição simplificada.
Leoz passou os últimos dias internado em um hospital de Assunção. Ele teve sua prisão domiciliar decretada e na manhã desta terça foi para casa, que está sendo vigiada por policiais. Ainda nesta terça, o juiz Humberto Otazú deve informar aos Estados Unidos que o dirigente está detido. A partir daí, o país terá 60 dias para enviar o pedido de extradição.
– Ele ainda não sabe com precisão o que foi atribuído a ele. Ele disse que a resposta foi “não” (ao pedido de extradição simplificada) até que ele tenha o informe e o analise, e então decidirá no momento certo – disse um dos advogados do ex-presidente da Conmebol, Ricardo Preda, à Rádio Monumental, do Paraguai.
Leoz tem 86 anos. Ele ficará em prisão domiciliar porque a justiça paraguaia determina que pessoas com mais de 70 não podem ser encarceradas. Mas não há limitação de idade para a extradição. O Paraguai costuma aceitar os pedidos de envio de suspeitos feitos pelos Estados Unidos. Recentemente, porém, rejeitou a solicitação – era um homem acusado de pedofilia.
Nicolás Leoz foi presidente da Conmebol de 1986 a 2013, quando renunciou, alegando problemas de saúde. Ele teve seis mandatos à frente do órgão. A acusação que pesa sobre ele é de ter recebido milhões de dólares em propina nas negociações dos direitos de exploração comercial da Copa América nas duas últimas décadas.