Garibaldi Alves reconhece estagnação de Henrique, mas espera crescimento natural
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), reconheceu que a quantidade de apoios anunciados recentemente ao candidato do PMDB ao governo do Estado, Henrique Eduardo Alves, ainda não se traduziu em melhoria dos índices de voto do peemedebista nas pesquisas. As primeiras pesquisas, realizadas em junho, identificaram uma diferença de 15 pontos de vantagem de Henrique sobre o segundo colocado, Robinson Faria (PSD). Em julho e agosto, os índices mantiveram-se os mesmos. Pesquisa GPP realizada em junho trouxe empate técnico entre os dois candidatos. Uma segunda pesquisa GPP, em agosto, manteve o empate entre os postulantes.
“Tenho dito que isso aí só pode avaliado um pouco depois, porque as pessoas, algumas delas pelo menos, ou parte delas, são lideranças que não apoiavam Henrique e por isso mesmo não tiveram ainda condição de levar ao eleitorado a sua nova posição. Não se pode exigir que esse quadro seja modificado assim tão radicalmente. É isso que está acontecendo, há uma maturação. Lideranças anunciam, mas isso não é prego batido e ponta virada, não tem efeito imediato. Tem que haver amadurecimento”, declarou Garibaldi.
Sobre a campanha de Henrique, Garibaldi disse achar que está caminhando bem. “Estou achando que está caminhando bem, pelo que vi no sábado e domingo quando eu o acompanhei tanto no Agreste como no Potengi, só no Agreste foram nove municípios, Potengi quatro, e dá bem uma amostra daquela região. Em Natal também quando eu posso, estou presente e a campanha vai muito bem. A pregação de Henrique está muito bem assimilada. Ele está fazendo questão de dizer que vai manter a campanha em torno de propostas, sem derivar para radicalismo”, frisou.
MINISTÉRIO
Garibaldi Filho negou que esteja de saída do Ministério da Previdência, conforme noticiado por setores da imprensa local. Segundo o peemedebista, o que existe é o obvio: “Sou ministro da presidenta. Então, tanto nesse como noutro governo, eu só permaneço até o dia que ela quiser. Porque sou de livre escolha dela, indicado pelo meu partido. Mas não tem nada assim de data marcada para sair do governo, nem posso me arvorar em participar do próximo governo, em caso de eleição dela”, frisou, negando que esteja de malas prontas para voltar ao Senado.
“Não tem nada de novo, nem eu estou sinalizando que vou deixar o atual governo, nem posso pretender que estarei presente no futuro governo. Depende-se dela e do que ela for, realmente, compor com os partidos da base dela”, acrescentou o ministro, afirmando que acredita que há chances de Dilma Rousseff (PT) ser reeleita ainda no primeiro turno das eleições. “Estou achando que a presidente tem chances ainda de ganhar no primeiro turno. Eu acho que a perspectiva é essa”.
GUERREIRA
Depois de um período de afastamento político e até rejeição pessoal, o ministro da Previdência, após a aliança eleitoral do PMDB com o PSB nessas eleições, já está muito à vontade com a ex-adversária política Wilma de Faria, ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal. Tanto é que tem chamado Wilma, nos discursos que tem feito, sobretudo no interior do Estado, de “guerreira”, apelido dado pela militância socialista a Wilma.
“É. Nós somos sempre acompanhados de um grupo de jovens, que se intitula juventude guerreira, então em toda oportunidade que vou falar, e também os outros oradores, eles gritam muito ‘Wilma, guerreira’, e ‘juventude guerreira’, e eu aproveito para agradecer à juventude guerreira que tem acompanhado a candidata guerreira, é uma retórica de campanha”, admitiu o ministro. “Eu até que não sou tão guerreiro, assim. Mas o povo entendeu de me eleger e fico satisfeito. Mas tenho dito que ela realmente tem se mostrado guerreira”, disse o ministro.
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