Frentistas relatam comportamento de amigo que perseguiu carro: ‘explosivo
21/06/2014 16h02 – Atualizado em 21/06/2014 16h02
Frentistas relatam comportamento de amigo que perseguiu carro: ‘explosivo’
De táxi, rapaz perseguiu um carro que abasteceu no posto e não pagou.
Motoristas perdeu o controle e veículo capotou em Praia Grande, SP.
Os frentistas de um posto de gasolina de São Vicente, no litoral de São Paulo, foram trabalhar com tristeza. O motivo é a perda de um colega, que morreu em um acidente na manhã deste sábado (21). Em um táxi, ele seguia um carro que havia abastecido no posto e saído sem pagar, quando o motorista perdeu o controle do veículo e capotou em Praia Grande.
O frentista e o taxista morreram na hora. No posto, que fica na Avenida Presidente Wilson, os funcionários buscam uma explicação para o comportamento do rapaz, que tinha 28 anos. Um dos colegas de trabalho, que prefere não ser identificado, afirma que o frentista era nervoso. “Ele tinha esse comportamento explosivo. Uma vez, chegou a ir atrás de bandidos que assaltaram o supermercado aqui da rua. Eu falei várias vezes para ele se controlar, porque no posto a gente trabalha de peito aberto”, lembra.
O rapaz trabalhava no posto de gasolina há quase um ano, e ficava no caixa. O mesmo colega de trabalho conta que, há pouco mais de um mês, o rapaz teve uma quantia descontada de seu salário por problemas na função. “Se der algum problema, não sabemos se vão descontar. Tem vezes que descontam, e tem vezes que não. Ele se irritava quando tiravam dinheiro dele”, diz o colega. Ele comentou ainda que pagaria o que fosse necessário, se soubesse que poderiam descontar do salário do amigo.
(Foto: Tatyana Jorge / TV Tribuna)
Dos frentistas que trabalhavam na manhã deste sábado, apenas um estava presente quando o caso aconteceu. Emocionado, o homem que também preferiu não se identificar, conta que o taxista se ofereceu para ajudar o frentista. “O taxista guardava o carro aqui no posto, e viu o desespero do frentista quando o carro saiu sem pagar. Então, ele ofereceu ajuda”, explica.
Para os colegas, mesmo impulsivo, o rapaz era uma ótima pessoa. “Era um cara gente boa, honesto”, conclui um dos frentistas, ainda transtornado com o acontecimento.
Carro roubado
De acordo com os frentistas, o posto conta com câmeras de monitoramento, mas em nenhuma delas foi possível ver as pessoas que estavam no veículo. A polícia teria garantido a eles que o carro era roubado. “Essa é a única informação que temos, mas estávamos desconfiados porque as placas dianteira e traseira do veículo estavam cobertas com um pano”, confessou um dos funcionários do posto.
Comentários com Facebook