FOTOS IMAGENS-Servidor é preso suspeito de pedir propina para evitar fiscalização;
Servidor é preso suspeito de pedir propina para evitar fiscalização; vídeo
Imagem mostra ele pedindo R$ 1,5 mil; agente diz que homem quis R$ 10 mil.
Detido era funcionário da Sefaz estadual e foi afastado em Rio Verde, GO.
Um funcionário da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz) foi preso na quinta-feira (12) suspeito de pedir até R$ 10 mil para não fiscalizar camelódromo, segundo Polícia Civil. Durante a investigação, a corporação gravou um vídeo que mostra o servidor pedindo R$ 1,5 mil para ele durante negociação com administrador do local em Rio Verde, no sudoeste de Goiás (assista acima).
O vídeo mostra uma conversa entre o empresário e o servidor em um escritório. O adminstrador pergunta a respeito da fiscalização “O que você acha, mesmo com aqueles cadastrozinhos, o que tem que fazer?”, ao que o fiscal responde “Pois é, eu falo para ele vir aqui e fazer a vistoria”.
O administrador do camelódromo retruca “Com os meus cadastros eu pensei que passava”, mas o servidor pontua “O problema são as mercadorias. Se for dar ordem para entrar e olhar mercadoria de entrada e saída” e o dono do empreendimento pergunta “Quanto é para você no negócio?” e a resposta do servidor é “Na verdade R$ 1,5 mil”.
Ainda no vídeo, o empresário insiste “Eu fiz os cadastros certinhos, cara. Nós batemos atrás disso, eu sofri com isso”, mas o fiscal responde “E vai passar pente fino, é mercadoria por mercadoria. Contar estoque, contar nota de entrada, nota de saída”.
Depois do diálogo, uma equipe de policiais entra no local e pede que eles coloquem as mãos na cabeça. Um dos agentes pergunta ao suspeito “O senhor é funcionário da Sefaz?” e ele responde “Sou funcionário”.
A Sefaz afirmou por meio de nota que o servidor foi afastado imediatamente das funções e acrescentou que ele responde a outro processo por outra infração, que não foi informada, e pode ser demitido. O processo administrativo que investiga o funcionário deve ser concluído em 30 dias.
O agente da Polícia Civil Claudiney Gaudino informou ao G1 que a vítima procurou a corporação e ajudou nas investigações. “Depois da denúncia, confirmamos que ele era realmente funcionário da Sefaz e vimos até que ele tinha passagem por porte de arma. Colocamos uma câmera no escritório e filmamos a negociação dos dois para efetuarmos a prisão do suspeito”, afirmou.
Conforme o policial, o preso disse ao empresário que parte do dinheiro seria para pagar outras pessoas dentro da Sefaz. A Polícia Civil investiga se além dele há outros servidores envolvidos. O homem deve responder pelo crime de concussão, que é quando um servidor público exige dinheiro em benefício próprio, e se for condenado pode ficar preso por até oito anos.
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