oridades bolivianas prenderam o segundo suspeito acusado de atos irregulares no acidente aéreo que matou grande parte da equipe da Chapecoense no final do mês passado, disseram procuradores neste sábado (10).
Gustavo Vargas Villegas, ex-funcionário da autoridade de aviação da Bolívia, foi detido e será mantido preso até julgamento por acusações de ter usado sua influência de forma irregular para autorizar a licença do avião boliviano que caiu na Colômbia ao levar o time de futebol para a final da Copa Sul-Americana, em Medellín.
Seu pai, Gustavo Vargas Gamboa, ex-diretor-executivo da companhia aérea LaMia, foi preso na quinta-feira e aguarda julgamento por acusações que incluem homicídio culposo pela queda do avião em 28 de novembro. Ambos dizem ser inocentes.
“Sou inocente. Não autorizei as licenças de operação”, disse Vargas Villegas nesta sexta-feira a repórteres. Vargas Gamboa disse na quinta-feira: “Os procuradores são um bando de mentirosos”.
O acidente matou 71 pessoas após o avião aparentemente ficar sem combustível, gerando comoção na comunidade global do futebol e dúvidas sobre o motivo da aeronave ter tentado fazer o voo internacional com possivelmente menos combustível nos tanques do que a quantidade exigida.
“A acusação coletou testemunhos e evidências mostrando a participação do acusado em crimes de uso irregular de influência, conduta incompatível com cargo público e quebra de funções”, disse a repórteres o procurador do distrito de La Paz, Edwin Blanco, se referindo a Vargas Villegas.