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Protesto em Suape já deixou mais de 400 caminhões sem combustíveis

 

Protesto em Suape já deixou mais de 400 caminhões sem combustíveis

Veículos estão proibidos de entrar na Petrobras desde segunda (15).
Movimento preocupa donos de postos, que aguardam decisão judicial.

Ricardo NovelinoDo G1 PE

A paralisação na BR Distribuidora em Suape impede entrada de caminhões (Foto: Luiz Lorenzon/WhatsApp)

Pelo segundo dia consecutivo, caminhões-tanque foram proibidos, nesta terça-feira (16), de abastecer na base da BR Distribuidora, da Petrobras, no Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Grande Recife. Desde as 7h de segunda-feira (15), cerca de 400 veículos foram impedidos de receber a carga de combustíveis para levar para os postos de Pernambuco e de outros estados do Nordeste.

O movimento em Suape faz parte de um protesto nacional. A ideia dos sindicatos de trabalhadores de empresas de petróleo e gás é se posicionar contra a possível privatização da BR Distribuidora. Na base da empresa, no Grande Recife, os portões estão fechados para caminhões e funcionários.

Movimento está no segundo dia
(Foto: Luiz Lorenzon/WhatsApp)

O presidente do sindicato que representa os trabalhadores de petróleo e gás (Sitramico), Valmir Falcão,  informou que a categoria só vai mudar o posicionamento se houver uma ordem judicial. “Soubemos que a empresa conseguiu uma liminar para liberar os portões para os servidores.  Assim que a categoria for notificada oficialmente vai cumprir”, afirmou.

Em Pernambuco, a Petrobras tem 299 postos de um total de 1.450 estabelecimentos do estado. No Recife, a presença da BR é ainda mais marcante. São 78 unidades entre os 212 pontos de venda de combustíveis. Por isso, o sindicato que representa os donos de postos (Sindcombustíveis) está preocupado com a paralisação.

O presidente da entidade, Alfredo Pinheiro Ramos, informou que para não ficar sem produto para revender, alguns donos de postos chegaram a procurar a base dea BR em Cabedelo, na Paraíba. “Mesmo assim, à tarde, poderemos ter maior impacto em Pernambuco. O maior problema pode ocorrer no interior”, afirmou.

Pinheiro Ramos disse que os donos de postos apostam no fim da paralisação. “Tem uma liminar da Justiça, expedida em Ipojuca, que manda os sindicalistas garantirem pelo menos 30% de serviços. Estamos aguardando a decisão ser cumprida”, observou.

Histórico
A paralisação ocorre também em São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe, Amazonas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Em Pernambuco, por dia, 300 veículos, em média,  recebem gasolina para levar para as revendedoras no estado e para outras cidades do Nordeste. O movimento tem o apoio de outros sindicatos, como o que defende os petroleiros.

Por causa do movimento, postos de três bandeiras sentirão mais o impacto e poderão ficar sem gasolina para revender: Petrobras, Ipiranga e Shell. Essas empresas usam a base de Suape para abastecer os caminhões.

A base é responsável pelo abastecimento de caminhões que levam combustível para empresas, instituições e serviços essenciais. Empresas de ônibus, quarteis e termelétricas abastecem em Suape.

Em Pernambuco, o sindicato tem 80 servidores filiados. “A maioria saiu da companhia por causa dos planos de demissão voluntária. Muitas atividades passaram a ser feitas por empresas terceirizadas, que usam o nome Petrobras, como o abastecimento de aviões. É por causa desse desmonte que estamos protestando”, observou Falcão.

Em nota, a Petrobras Distribuidora informou que adotou as providências necessárias para  garantir o suprimento de combustíveis com segurança a sua rede revendedora e demais clientes.

A paralisação na BR Distribuidora em Suape integra um movimento nacional (Foto: Luiz Lorenzon/WhatsApp)
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