13/12/2016 18h09 – Atualizado em 13/12/2016 20h20
Preso em operação contra pedofilia baixou 308 mil imagens em 2 meses
Ação prendeu 20 pessoas e foi comandada pela Polícia Civil de Piracicaba.
Pornografia infantil era compartilhada em 15 locais do interior de São Paulo.
Um homem que baixou 308 mil vídeos e fotos com pornografia infantil em dois meses foi uma das 20 pessoas presas nesta terça-feira (13) no interior de São Paulo durante a operação “Anjos da Guarda”, comandada pela Delegacia Seccional de Piracicaba (SP). De acordo com a Polícia Civil, o material compartilhado pelos suspeitos na internet continha imagens de crianças e até de bebês com um ano de idade.
entrevista em Piracicaba (Foto: Hildeberto Jr./G1)
Em entrevista realizada em Piracicaba, o delegado e coordenador da operação, João Sérgio Marques Batista, disse que o volume de material pornográfico compartilhado pelos suspeitos era grande. “O campeão do mal foi um homem preso em Pedreira (SP). Ele baixou 308 mil conteúdos, entre fotos e vídeos, relacionados a pornografia infantil, em um período de 60 dias”, relatou.
João Sérgio afirmou que o material era compartilhado por um sistema parecido com o de downloads de músicas. “Esse material era captado em um sistema de informática conhecido como ponto a ponto. É como se fosse, guardadas as devidas proporções, baixar uma música na internet. O cara entra e qualquer pessoa que tiver online capta aquela música, o mesmo ocorria com os vídeos e as fotos”, explicou.
(Foto: Valter Martins/Piracicaba em Alerta)
A operação envolveu 90 policiais e efetuou prisões em 15 cidades do interior de São Paulo, sendo cinco presos em Piracicaba, dois em Limeira, dois em Leme, e mais 11 em Campinas, Santa Bárbara d’Oeste, Araras, Pirassununga, Rio Claro, Elias Fausto, Hortolândia, Descalvado, Mogi Mirim, Amparo e Pedreira.
Porte e suborno
Além de pornografia, um suspeito de Santa Bárbara e outro de Elias Fausto vão responder por porte ilegal de arma de fogo. Um estudante de direito de 36 anos preso em Piracicabaresponderá por corrupção passiva, por ter oferecido R$ 1 mil para que um policial não realizasse a prisão dele.
Segundo o delegado, todas as prisões foram em flagrante e cabe agora a Justiça ratificá-las com a decretação da prisão preventiva ou decidir pela concessão da liberdade provisória. Os presos serão encaminhados para as unidades prisionais da região onde foram presos.