FOTOS IMAGENS-Presidente de sindicato em MG teria recebido R$ 400 mil em propinas


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Presidente de sindicato em MG teria recebido R$ 400 mil em propinas

Segundo MP, propinas eram usadas para favorecer empresa de transportes.
Jorge Ferreira Lopes foi preso na 5ª fase da operação Mar de Lama.

Do G1 Vales de Minas Gerais

A 5ª fase da operação Mar de Lama cumpriu dois mandados de prisão preventiva em Governador Valadares (MG), nesta terça-feira (21). Foram presos o presidente Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários da cidade, Jorge Ferreira Lopes, e o dono da Empresa Valadarense de Transportes, Roberto Carvalho, que presta serviços de transporte público urbano para o município. Ele já cumpri prisão preventiva desde maio, quando foi desencadeada a 3ª fase da Mar de Lama; o empresário é acusado de envolvimento no pagamento de propinas a vereadores.

De acordo com o promotor Evandro Ventura, em 2010 o presidente do sindicato recebeu dois pagamentos de R$ 200 mil, feitos pelo empresário Roberto Carvalho para que o sindicato fechasse acordos trabalhistas que prejudicassem os funcionários da Empresa Valadarense e fizessem uma greve que pressionaria o município a ceder o aumento das tarifas de ônibus da cidade. Ele receberia da empresa o valor que sobrasse do acordo. Além desses dois pagamentos de propina, a Polícia Federal diz que há indícios de que ele tenha recebido outros valores.

Fase 5 da Mar de Lama foi deflagrada nesta terça-feira (21), em Governador Valadares (MG). (Foto: Sávio Scarabelli/G1)5ª da Mar de Lama foi deflagrada nesta
terça-feira (21) (Foto: Sávio Scarabelli/G1)

Durante a operação, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na sede do sindicato, na casa do presidente e da filha dele. Segundo o Ministério Público, Jorge Ferreira Lopes levava uma vida incompatível com a renda que recebia, e possuía caminhonetes, cavalos de raça premiados e uma chácara.

Em nota, a Empresa Valadarense disse que “todos os acordos firmados asseguraram os direitos dos seus trabalhadores, tanto no que se refere aos reajustes salariais quanto aos benefícios concedidos. A empresa reafirma que os termos das convenções coletivas estão em consonância com a prática de remuneração nacional da categoria, o que pode ser evidenciado pela comparação com outros acordos da mesma natureza.”

O G1 procurou o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários, mas até a publicação desta matéria não tivemos retorno.

Entenda o caso
A primeira fase da operação Mar de Lama foi realizada pela Polícia Federal em abril deste ano, para desarticular uma organização criminosa instalada na Prefeitura e no SAAE. Vinte agentes públicos foram afastados, dentre os quais oito dos 21 vereadores. Oito pessoas foram presas.

No mesmo mês, outros cinco parlamentares foram afastados dos cargos na segunda etapa da operação. Um gestor corporativo do SAAE também foi afastado e foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

Segundo o Procurador da República, Felipe Valente Siman, as investigações começaram no início de 2014, para fiscalizar a aplicação de verba no valor de R$ 4,7 milhões liberada pelo Ministério da Integração Nacional, para minimizar os danos causados pelas fortes chuvas ocorridas no fim de 2013. Os envolvidos teriam se aproveitado dos estragos para fraudar licitações.

Na 3ª fase da operação, realizada em maio, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 21 mandados de busca e apreensão, cinco de prisão preventiva, 17 afastamentos de cargos e três sequestros de bens. Dos presos, sete eram vereadores que já estavam afastados de suas funções públicas.

Já na 4ª etapa da ação, um chefe de cartório foi preso depois de conceder uma certidão, com a data fraudada, para a filha de um dos detidos na 3ª fase da operação Mar de Lama. Segundo o MP, com o documento ela tentou sacar R$ 60 mil em uma agência bancária de Governador Valadares. Como a conta já havia sido bloqueada pela Justiça, o gerente do banco avisou ao MPMG sobre a tentativa de saque.

Câmara de Vereadores
Os suplentes dos parlamentares afastados nas duas primeiras fases da operação assumiram os cargos no decorrer do mês de maio. O vereador Gledston Gomes (PT) retornou ao cargo porque não foram encontradas provas que o ligassem ao esquema de corrupção.

De acordo com a Câmara, as reuniões ordinárias não foram afetadas pela operação, mas o número de vereadores que compõe as comissões de trabalho da casa precisou ser reordenado, uma vez que a Lei Orgânica do município não permite que suplentes participem das comissões.
Dos sete vereadores presos durante a 3ª fase da Mar de Lama, cinco deles ainda permanecem no presídio e dois foram liberados pela Justiça, mas seguem como réus no processo.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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