O prefeito de Major Vieira e presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Orildo Severgnini (MDB), e o filho dele, o servidor público Marcus Severgnini, foram presos preventivamente na manhã desta quinta-feira (13). As prisões fazem parte da segunda fase na operação ‘Et Pater Filium‘, do Ministério Público e Polícia Civil, que investiga crimes de corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. O caso tramita em segredo de Justiça.
Orildo Severgnini (MDB) foi preso em casa e levado para a Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas. Na manhã desta quinta, ele enviou à Fecam um pedido de renúncia do cargo. O G1 ainda não localizou a defesa dele e nem do filho. Também foram cumpridos nesta quinta 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, no Norte catarinense.
Prefeito de Major Vieira, em SC, foi preso preventivamente em operação — Foto: Reprodução/NSC TV
A prefeitura de Major Vieira informou na manhã desta quinta que aguarda manifestação do MPSC para saber se o vice-prefeito Francisco Juraczeki assumirá o cargo.
As ordens judiciais foram pedidas pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC e decretadas elo Tribunal de Justiça (TJSC) por causa do foro por prerrogativa de função do investigado.
A primeira etapa da operação Et Pater Filium ocorreu no dia 31 de julho e cumpriu mandados de busca. Na ocasião, foram encontrados na casa do prefeito e na do filho dele cerca de R$ 321 mil em dinheiro. A suspeita é que Orildo e Marcus tenham participado de esquema que direcionou licitações a empresas em troca de vantagens pessoais.
Segunda fase da operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira — Foto: Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação
Carta de renúncia
Na manhã deste quinta, Orildo Severgnini enviou à Fecam uma carta de renúncia à presidência. No documento, afirma que a atitude é um compromisso feito por ele em uma reunião realizada no dia 11 de agosto com o Conselho Político da entidade.
“O faço porque acredito na capacidade técnica da valorosa equipe que integra a FECAM e com a confiança de que o municipalismo catarinense se fortalecerá ainda mais com a superação dos desafios sem precedentes que se apresentam aos gestores públicos municipais neste segundo semestre”, disse por meio de nota.
A Fecam afirmou, também em nota, que estão sendo tomadas as medidas legais para acatar o pedido de renúncia.
Por meio de nota enviada à imprensa, o prefeito de Rodeio, Paulo Weiss, disse que o Estatuto Social da Fecam estabelece que ele, como vice-presidente da instituição, é quem deve assumir o comando da Federação.
Primeira fase da operação contra fraude em licitação foi realizada no dia 31 de julho
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