Blog do Levany Júnior

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10/08/2015 12h34 – Atualizado em 10/08/2015 18h13

PF afirma que Playboy não foi executado em operação no Rio

Segundo delegado, ação foi legítima: ‘Ele tentou reagir’.
Polícia Federal afirma que integração com polícias vai continuar.

Do G1 Rio

A operação conjunta das polícias Federal, Civil e Militar no último sábado (8), que resultou na morte do traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, foi “legítima”, segundo o delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Antunes Thomé.

Ele participou das investigações e também da operação e afirma que o traficante não foi executado, como alegou a família no enterro, realizado neste domingo. As informações são do RJTV.

“A ação foi totalmente legítima. Houve um cerco à casa onde ele estava, ele tentou fugir do local e tentou disparar contra uma equipe da Core, que o atingiu”, disse o delegado, que classificou a operação como “cirúrgica”. “Foi feita a operação para capturar o Playboy e foi um sucesso. E vamos continuar essa integração entre as polícias”, afirmou Thomé.

Desde domingo, 400 homens do Comando de Operações Especiais da PM reforçam o patrulhamento no Morro da Pedreira, região onde atuava Playboy.

Escolas fechadas
Seis mil alunos da região de Costa Barros, no subúrbio do Rio, ficaram sem aulas nesta segunda-feira (10), dois dias após a morte do traficante.

A decisão das secretarias de Educação de suspender as aulas foi para que alunos e professores não fiquem expostos a possíveis confrontos.

Uma escola na rede estadual, nove escolas municipais, três creches e cinco espaços de desenvolvimento infantil não abriram. O comércio, que ficou fechado durante todo o domingo, funciona normalmente.

Creche em Costa Barros fechada nesta segunda-feira (10) (Foto: Fabiano Rocha/Extra/Agência O Globo)

Em um dos principais acessos do morro da Pedreira, a Avenida Pastor Martin Luther King, a reportagem do RJTV não encontrou carros da Polícia Militar nesta segunda.

Histórico
Playboy foi morto no sábado durante uma operação das polícias Federal, Civil e Militar. Ele foi atingido por dois tiros de fuzil. A família disse que ele foi executado. A polícia informou que o traficante tinha uma pistola e reagiu à prisão. Ele ainda foi levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas não resistiu aos ferimentos.

O traficante foi enterrado no domingo, no Cemitério do Catumbi, no Centro, onde parentes e amigos acompanharam o cortejo. Playboy também chefiava a principal quadrilha de roubo de cargas e veículos no estado.

Em abril, a quadrilha dele foi flagrada roubando um caminhão de eletrônicos – carga avaliada em R$ 600 mil. No ano passado, o bando roubou de um galpão 193 motos apreendidas. As motos foram devolvidas dias depois por ordem do traficante.

Celso Pinheiro Pimenta ganhou o apelido de Playboy porque foi criado em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, numa família de classe média. Ele tinha 33 anos e era remanescente da quadrilha de outro criminoso criado na classe média, Pedro Machado Lomba Neto, o Pedro Dom.

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