Blog do Levany Júnior

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V

10/10/2015 19h24 – Atualizado em 10/10/2015 21h59

Padre tinha companheira e desviava até cestas básicas, diz investigação

Escutas indicam que ele tinha empório e vendia cerveja.
Religioso diz que é inocente e vítima de fraude do contador.

Do G1 São Paulo

O antigo contador da Capela de Santo Expedito, na Luz, região central de São Paulo afirma que seguia as ordens do padre Osvaldo Palópito para fazer depósitos em uma conta que não era a da igreja. Ele também disse que o padre raramente ficava na igreja e que muitas pessoas sabiam que o religioso tinha uma companheira.

De acordo com o Ministério Público, com o dinheiro desviado, cerca de R$ 2 milhões, o padre comprou imóveis, como uma cobertura de mais de 300 m2 na Riviera de São Lourenço, no Litoral Norte.

Coronel da reserva, o padre foi preso em maio e solto no dia 30 de setembro, mas responde ao processo em liberdade.

O padre disse que comprou tudo com o próprio salário e acusou o contador da igreja de falsificar a assinatura dele.

A mulher citada pelo contador aparece na investigação do Ministério Público Militar. Os documentos mostram ainda que o casal mantinha um empório no litoral de São Paulo. Cestas básicas doadas à Capela de Santo Expedito foram desviadas, de acordo com a investigação. Para os promotores, o padre vendia as cestas e ficava com o dinheiro.

Escutas telefônicas mostram como o padre e sua suposta companheira lidavam com o dinheiro. Em um trecho, o padre fala de uma grande compra, de bebidas. De acordo com o Ministério Público Militar, o empório do padre também era abastecido com dinheiro dos fiéis.

As moedas que a igreja recebia podem ter ido para conta do padre. A Corregedoria da PM apreendeu no apartamento dele uma máquina de contar moedas. Palópito disse que a máquina foi um presente.

Em nota, o Ministério da Defesa, responsável pela capela militar, disse que vai analisar o caso, de acordo com as normas da igreja e que as conclusões serão enviadas ao Vaticano.

A Polícia Militar de São Paulo abriu processo administrativo que pode resultar na expulsão do padre.

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