Além da prisão de Eduardo Cunha, o Ministério Público Federal pediu a apreensão de oito veículos:
– Porsche Cayenne modelo 2013
– Porsche Cayenne modelo 2006/2006
– Land Rover Freelander modelo 2007/2008
– Hyundai Tucson modelo 2008/2009
– Volkswagen Tiguan modelo 2010/2011
– Volkswagen Passat Variant modelo 2003/2004
– Ford Edge modelo 2013
– Ford Fusion 2013

O ex-deputado Eduardo Cunha embarcou em um avião da Polícia Federal para Curitiba, onde ficará preso.

Avião da PF em Brasília aguarda a chegada de Eduardo Cunha

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em liberdade, Eduardo Cunha representa risco à instrução do processo e à ordem pública. Além disso, os procuradores argumentaram que “há possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior” e da dupla nacionalidade – ele tem passaporte italiano.

Para embasar o pedido de prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, a força-tarefa da Operação Lava Jato listou atitudes que, conforme os procuradores, foram adotadas por ele para atrapalhar as investigações.
Entre elas, a convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista, e do colaborador da Lava Jato Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras.

A prisão de Eduardo Cunha é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

Agora, toda a ação penal contra o ex-deputado deverá correr nos trâmites normais do Judiciário para qualquer cidadão. Isso significa que o julgamento contra Eduardo Cunha poderá passar por todas as instâncias até que seja definida uma condenação.
No despacho em que recebeu a denúncia, o juiz Sergio Moro fez questão de lembrar que o MPF retirou a acusação de crime eleitoral contra Cunha. O motivo, segundo o juiz, foi o fato de que a Justiça Federal não poderia julgar crimes eleitorais. Isso cabe apenas à Justiça Eleitoral.

O processo foi transferido para a 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná após Cunha perder o mandato de deputado federal.
Junto com o cargo, ele também perdeu o direito à prerrogativa de foro – o chamado foro privilegiado, que lhe garantia a possibilidade de ser julgado apenas pelo STF.

Cunha é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. Na segunda-feira (17), Moro intimou Cunha e deu 10 dias para que os advogados protocolassem defesa prévia.
Como o STF já havia aceitado a denúncia, Moro apenas vai continuar o julgamento do caso, a partir de onde o processo parou na Suprema Corte.

O peemedebista perdeu o mandato de deputado federal em setembro, após ser cassado pelo plenário da Câmara. Com isso, ele perdeu o foro privilegiado, que é o direito de ser processado e julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

O G1 tenta contato com a defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso nesta quarta.

Eduardo Cunha é preso em Brasília. Assista:

Boa tarde.
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça, determinou nesta terça a prisão do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido é de previsão preventiva, ou seja por tempo indeterminado.
Ele foi preso em Brasília nesta quarta (19), segundo a GloboNews. A previsão da Polícia Federal (PF) é de que ele chegue a Curitiba no fim desta tarde.
O G1 acompanha tudo.

O ex-ministro Antonio Palocci e os outros dois presos nesta fase da operação já chegaram a Curitiba.

O avião da PF com o ex-ministro Antonio Palocci e os outros dois presos já decolaram rumo a Curitiba. O avião decolou às 13h55.

VÍDEO – Delegado ressalta que o que mais chama atenção dos investigadores são os valores

VÍDEO – Procuradora fala sobre indícios que levaram à prisão de Antonio Palocci

Os três presos nesta segunda já foram levados ao Aeroporto de Congonhas, de onde partirão para Curitiba.

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Batochio afirmou que as acusações são improcedentes.”A polícia tá presumindo coisas que nunca aconteceram. Há um email em que o Marcelo Odebrecht diz: ‘Eu fui à posse da presidente, à diplomação da presidente Dilma para encontrar com o italiano’. Italiano é o que eles dizem que era o homem que centralizava a distribuição dos recursos que eles entendem que são ilícitos, que eles julgam ser o senhor ministro Palocci. Então ,Marcelo Odebrecht diz assim: ‘Eu fui a diplomação da presidente Dilma e o italiano não estava lá’. E quem era a primeira pessoa que estava na fila na diplomação da presidente Dilma? Antônio Palocci. Eu tenho essa fotografia no meu escritório. Palocci foi à diplomação da presidente Dilma ao passo que Marcelo diz que o tal italiano, que a polícia diz ser o Palocci, estava lá “, disse.

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VÍDEO – “Dimensão dos fatos foi tão grande que o foco se tornou a relação de Palocci e Odebrecht”

VÍDEO – “A operação continua em andamento. Há muito ainda a ser descoberto”, diz procuradora

“Mais uma prisão absolutamente desnecessária”, afirmou. “É preciso que se restabeleça a observância da lei, da constituição. A constituição diz que a regra é o réu responder o processo em liberdade. A prisão é só quando ele ameaça a integridade física das pessoas, quando ele ameaça a incolumidade do seu próximo, quando ele oferece perigo social. Não é o caso do ministro Palocci, não tinha nenhuma razão para ser preso. Ele poderia ser intimado para esclarecer como sempre fez quando foi intimado dos fatos que lhe foram perguntados. Eu não entendo essa necessidade de espetáculo, não compreendo essa necessidade de se fazer escândalo em torno das coisas. A Justiça tem que ser serena”, disse Batochio, advogado de Palocci, após saída do cliente da sede da PF.

Palocci deixa sede da PF rumo ao Aeroporto de Congonhas onde vai embarcar para Curitiba.

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Van com presos em São Paulo deixa a sede da PF na Lapa rumo ao Aeroporto de Congonhas, onde detidos embarcam para Curitiba.