Blog do Levany Júnior

FOTOS IMAGENS-‘Não há explicação’, diz promotor sobre dinheiro em casa de policial

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público disse que o dinheiro encontrado na casa de um investigador durante uma força-tarefa realizada entre o órgão e a Corregedoria da Polícia Civil nesta terça-feira (26), em Campinas (SP), pode ser proveniente de carro-forte pela quantia e forma como estava armazenado.

No total, foram encontrados em um saco R$ 410 mil. Segundo o promotor do Gaeco Amauri Silveira Filho, a partir disso surge uma vertente investigativa nova que é para saber exatamente a origem desse dinheiro.

Não tem como afirmar que esse dinheiro é de uma empresa ou outra empresa”
Amauri Silveira Filho, promotor do Gaeco

“Não há qualquer explicação por parte dos envolvidos até o momento sobre uma possível origem lícita disso”, afirma.

No entanto, ele ressaltou que ainda não é possível afirmar se o dinheiro pertence à empresa de valores Protege, que foi assaltada no dia 14 de março. “Não tem como afirmar que esse dinheiro é de uma empresa ou outra empresa”, destaca.

Investigação
Nesta manhã de terça-feira (26), quatro policiais do 2º Distrito Policial que investigavam o caso do mega-assalto na Protege foram presos pela força-tarefa. Foram detidos também um integrante de uma facção criminosa e um advogado.

No final desta tarde, um escrivão do 4º DP, que também teve mandado de prisão expedido mas estava foragido, se entregou voluntariamente. No entanto, ele não investigava o caso do assalto na empresa de valores, que ocorreu no dia 14 de março.

“Nesse primeiro inquérito são cinco policiais civis, um advogado e um investigado por corrupção ativa. No outro são dois policiais civis, um delegado de polícia e um escrivão”, afirma.”
Sander Malaspina, delegado

De acordo com o delegado Sander Malaspina, foram cumpridos no município nove mandados de busca e prisão de dois inquéritos diferentes, um com sete alvos e outro com dois.

“Nesse primeiro inquérito são cinco policiais civis, um advogado e um investigado por corrupção ativa. No outro são dois policiais civis, um delegado de polícia e um escrivão”, afirma.

Dois suspeitos, um delegado do 4º DP e um investigador do 2º DP continuam foragidos.

Prisões
Durante a tarde, os quatro policiais foram levados para fazer exame de corpo de delito. Até o início da noite, três continuavam presos temporariamente e um foi preso em flagrante, já que uma quantia de R$ 410 mil foi encontrada na casa dele e ele não soube explicar a origem do dinheiro.

O integrante de uma facção criminosa que foi preso a pedido do Ministério Público foi solto no início da noite porque colaborou com as investigações.

Escutas telefônicas
De acordo com o promotor Jandir Moura Torres Neto, as investigações chegaram até os agentes públicos durante acompanhamentos de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça para apurar uma quadrilha que age no estado de São Paulo.

No entanto, o promotor e a Corregedoria da Polícia Civil não puderam detalhar os crimes praticados pelos policiais, já que as investigações estão em andamento.

Policial carrega saco com dinheiro encontrado em
casa de policial  (Foto: Reprodução EPTV)

Mega-assalto
O ataque a uma empresa de transporte de valores no bairro São Bernardo, em Campinas, no dia 14 de março, levou pânico aos moradores vizinhos na madrugada desta segunda-feira (14). Houve intensa troca de tiros na região da Protege. Parecia um cenário de guerra, segundo testemunhas.

Os ladrões teriam levado cerca de R$ 50 milhões da empresa, segundo estimativa não oficial obtida pela EPTV, afiliada da TV Globo. Ninguém foi preso.

A sede da empresa teve a fachada praticamente destruída e o telhado foi danificado. A quadrilha usou dinamites e armas de grosso calibre na ação. Os vidros de uma empresa localizada em frente à Protege foram todos quebrados.

Antes da fuga, a quadrilha queimou dois caminhões em alças de acesso para a Rodovia Anhanguera (SP-330) para quem segue de Indaiatuba para Campinas. Segundo a polícia, a ação foi para impedir a perseguição.

Um dos presos chega na sede da corregedoria em Campinas (Foto: Reprodução / EPTV)

 

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