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FOTOS IMAGENS-Mulher morta em acidente aéreo em SP alugou a aeronave para tirar fotos

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03/05/2016 05h12 – Atualizado em 03/05/2016 07h30

Mulher morta em acidente aéreo em SP alugou a aeronave para tirar fotos

Segundo moradores, aeronaves costumam sobrevoar local com frequência.
Testemunhas afirmam que piloto chegou a desviar de várias moradias.

Do G1 Santos

Vítima tirava fotos do Polo Industrial de Cubatão, SP (Foto: Arquivo Pessoal)

O helicóptero que caiu em uma região de mata entre as cidades de Santos e Cubatão (SP) nesta segunda-feira (2) foi alugado para a realização de fotos panorâmicas. As duas pessoas que estavam a bordo da aeronave, o piloto Bruno Ferreira Azeredo da Conceição, de 23 anos, e a fotógrafa Vanessa da Silva Santos, de 31, morreram carbonizados.

Segundo informações apuradas pelo G1 com a Força Aérea Brasileira (FAB), o helicóptero decolou às 11h20 do Campo de Marte, em São Paulo. Segundo o gerente de segurança operacional da AGD Aviation, Paulo Heric, responsável pela aeronave, o voo era particular.

Vanessa foi uma das vítimas de acidente
(Foto: Arquivo Pessoal)

De acordo com informações de testemunhas e dos bombeiros, o helicóptero voava baixo e, antes de cair, atingiu a rede elétrica do local. Os bombeiros acreditam que o piloto não tenha visto a fiação elétrica por conta do sol. A aeronave acabou explodindo assim que tocou o solo. O acidente aconteceu por volta das 12h, próximo ao Km 260 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni.

De acordo com informações da polícia, a aeronave foi alugada para que Vanessa, que era moradora de Guarulhos, realizasse uma série de fotos aéreas do Polo Industrial deCubatão, uma das principais áreas de indústrias do Brasil.

Dezenas de pessoas utilizaram as redes sociais para enviar mensagens para o perfil de Vanessa assim que souberam do acidente.  “Meu Deus, não acredito nisso que aconteceu. Que o senhor conforte os familiares. Fica em paz, Nessinha”, disse a amiga Anelisa Pereira.

Piloto de 23 anos morreu em acidente aéreo
(Foto: Arquivo Pessoal)

Testemunhas
Moradores que residem na área próxima onde o helicóptero caiu afirmam que é comum o voô baixo desse tipo de aeronava pela região. Pessoas que viram o acidente afirmam que o piloto ainda tentou desviar das moradias próximas. “Ele [helicóptero] estava bambeando (sic) na direção das casas e ele conseguiu desviar. Foi nesse momento que a hélice ficou presa no fio”, contou a dona de casa Jeniffer Oliveira.

Aeronave
Segundo informações dos bombeiros, o helicóptero é do modelo “Robinson 22” e saiu da Escola de Aviação do Campo de Marte, em São Paulo. Duas pessoas sobrevoavam a Serra do Mar e retornavam para São Paulo no momento do acidente.

Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava em situação regular, com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) e a Inspeção Manual de Manutenção (IAM) válidos.

O G1 obteve um vídeo gravado por um morador do local que mostra a aeronave pegando fogo, poucos minutos após ter caído (assista a seguir).

Investigação
De acordo com o coronel Rogério Silva Pedro, que atendeu a ocorrência, o tempo estava claro e não havia neblina. As condições de voo eram favoráveis no momento do acidente.

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“Duas pessoas estavam à bordo. A aeronave tocou a fiação de alta tensão e caiu. A Aeronáutica vai investigar o que aconteceu. Não sabemos, oficialmente, se houve alguma pane. Verificamos se existia alguém com vida, mas encontramos apenas dois corpos”, relatou aoG1.

Equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil de Cubatão foram até o local para prestar atendimento à ocorrência. Por parte da Polícia Civil, as investigações serão feitas pelo 1º Distrito Policial do município. “Ainda não temos as causas do acidente, mas uma das hipóteses é de que o helicóptero teria se enganchado na fiação, pois existe uma peça que ficou presa. Apenas o trabalho técnico vai determinar se houve falha humana ou da aeronave”, explicou o delegado.

Pedaço do helicóptero ficou preso na fiação do local (Foto: João Paulo de Castro/G1)
Equipes entram na mata para retirar os corpos das vítimas (Foto: João Paulo de Castro/G1)
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