Feira Grande, Alagoas, registrou todos os 90 flagrantes de trabalhadores encontrados em condições análogas às de escravo no ano de 2018 — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Alagoas teve 90 casos de trabalhadores encontrados e resgatados de condições análogas às de escravo neste ano. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego (MPT), que divulgou nesta quinta-feira (18) um balanço com dados de janeiro à primeira quinzena de outubro.
O levantamento apontou que apenas dois estabelecimentos foram fiscalizados no estado durante o ano, as casas de farinha em Feira Grande, no Agreste, onde foram encontrados desde idosos a adolescentes trabalhando em situação degradante.
À época, o Ministério havia divulgado que resgatou das casas de farinha 87 trabalhadores, mas o número foi atualizado.
As fiscalizações no estado acontecem desde 1995. Em 2008, foi registrado o maior número de flagrantes, quando foram resgatados 656 trabalhadores exercendo mão de obra análoga à escravidão. Este é o número mais alto registrado em Alagoas até o ano atual.
Outros flagrantes aconteceram nos anos de 2011 e 2012, mas em número menor, com 51 e 43 trabalhadores resgatados, respectivamente.
Os municípios onde houve flagrante nestes anos foram:
- Rio Largo
- Feira Grande
- União dos Palmares
- São Miguel dos Campos
- Penedo
- Colônia Leopoldina
- São Luís do Quitunde
- São José da Laje
- Roteiro
- Flexeiras
As denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser feitas na sede Ministério do Trabalho, em Maceió, e também por meio do Disque Direitos Humanos (Disque 100).