A Fazenda Caraim, da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), está ocupada desde a manhã de domingo (29) por integrantes do Movimento Sem Terra (MST), confome informou a Polícia Civil. A propriedade, que é de gado bovino e possui 3.200 animais, fica na cidade de Macarani, no sudoeste da Bahia.
O MST confirmou a invasão e disse que 150 famílias estão no local. Conforme lideranças do movimento, não há previsão para deixar as propriedade. A Polícia Civil informou que, segundo relatou o administrador da fazenda, cerca de 30 pessoas, trazidas em três automóveis e um caminhão, invadiram propriedade. Conforme informado no boletim de ocorrência, a propriedade está no nome de Afrísio de Souza Vieira Lima, pai de Geddel, e que faleceu em 2016, aos 86 anos.
A polícia disse, ainda, que apesar de alguns dos integrantes do MST estarem com facões e foices, não foi registrado qualquer ato de violência contra os funcionários presentes no local, que foram, inclusive, autorizados a permanecerem em suas casas.
Segundo o MST, a ocupação é uma forma de pedir que a área da fazenda esteja disponível para reforma agrária ou até mesmo para assentamento das famílias.
Líderes do movimento disseram que o ato faz parte de uma mobilização nacional de ocupação de terras de pessoas envolvidas em corrupção e relembraram a prisão de Geddel que está regime fechado, desde o dia 8 de setembro de 2017, após apreensão feita pela Polícia Federal (PF) de R$ 51 milhões em um imóvel supostamente utilizado pelo peemedebista.
No início de março deste ano, o MST ocupou à Fazenda Esmeralda, em Duartina (SP). As terras pertencem à empresa Argeplan, de arquitetura e engenharia, que tem como um dos sócios João Batista Lima Filho, conhecido como Coronel Lima, que já foi assessor do presidente Michel Temer, de quem é amigo pessoal. O local foi desocupado no dia 22 de março.
Casos
Outras fazendas da família Vieira Lima já foram invadidas no ano passado. Em dezembro 2017 indígenas tomaram a propriedade que fica na cidade de Itapetinga, também no sudoeste da Bahia, e deixaram o local dois dias depois. A fazenda inclusive, já havia sido ocupada em setembro de 2017.
Os índios que ocuparam a fazenda afirmavam que a terra é sagrada e pediam a demarcação da área. Ninguém ficou ferido na ocupação.
Ainda em setembro de 2017, uma propiedade da família localizada em Potiraguá foi ocupada por indígenas e integrantes do Movimento Livre da Terra. As fazendas foram desocupadas em 6 de outubro.
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