O motorista Edvan Julio Guerino também ficou ferido durante o atentado a uma carreata política emItumbiara, no sul de Goiás. No tiroteio, o candidato a prefeito da cidade, Zé Gomes (PTB), morreu e o vice-governador José Eliton (PSDB) ficou ferido. O condutor da caminhonete onde estavam os políticos foi atingido com um tiro na cabeça, mas ficou apenas um dia internado. “Eu já tinha percebido que tinha sido atingido, porque eu punha a mão na cabeça e via o buraco”, disse.
No atentado que aconteceu no último dia 28, além do candidato a prefeito, morreram o policial militar Vanilson João Pereira e o atirador, o servidor público do município, Gilberto Ferreira. O advogado Célio Rezende ficou ferido, mas já recebeu alta médica. José Eliton também já deixou o hospital.
O motorista conta que o tiro, por pouco, não foi fatal. “A bala entrou, deu uma explosão e saiu na parte de baixo. Ele pegou entre o osso e o couro. Me falaram que mais um milímetro eu não estava contando essa história mais”, disse.
Guerino contou ainda que acredita que o criminoso atirou primeiro contra ele. “Ele estava praticamente uns cinco ou seis metros de mim. O primeiro tiro pegou no para-brisa da caminhonete e o segundo na minha cabeça. Ele pode ter pensado em atirar em mim primeiro para parar a caminhonete e depois acertar os outros”, relatou.
O vice-governador, José Eliton também se lembra do dia atentado, que foi registrado por uma câmera de segurança. Ele foi atingido por uma bala, que ficou alojada na lateral do abdômen. “Eu tive muita sorte. Um pouquinho para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, iria atingir um órgão vital e dificilmente eu estaria aqui neste momento”, contou.
José Eliton, que também é secretário de Segurança Pública, diz que toda ação foi muito rápida. “Foi um tumulto na hora e realmente eu não vi. Eu só percebi alguma coisa diferente quando eu caí e vi que tinha um policial com a arma em punho e me dei conta do que era”, completou.
O atentado aconteceu durante uma carreata na quarta-feira (28), em Itumbiara. O autor, identificado como o servidor municipal Gilberto Ferreira, foi morto por seguranças logo após o ataque. Imagens de uma câmera de segurança mostram a ação do atirador.
A Polícia Civil descartou que Zé Gomes e Gilberto Ferreira pudessem ter brigado antes do crime. A força-tarefa revelou por meio de nota que analisou imagens de câmeras de segurança, que comprovam que Zé Gomes permaneceu em seu apartamento entre 2h e 16h no dia do atentado.
O texto revela ainda que a Polícia Civil “colheu fortes elementos de convicção que demonstram que o atirador Gilberto Ferreira do Amaral estava afastado de suas funções no serviço público municipal por conta de transtorno psicótico devido ao uso de álcool, conforme atestado por médico”.
O delegado da Superintendência da Polícia Judiciária e porta-voz da operação, Gustavo Carlos Ferreira, já havia informado que acredita que o ataque foi planejado. O mínimo de preparo aconteceu. Nas imagens, ele estacionou o carro aguardando a carreata vir. Ele ficou esperando 10 minutos. E esse planejamento indica que ele sabia as consequências que ele poderia ter”, disse Ferreira.