FOTOS IMAGENS-Motorista que mandou áudio dizendo que ‘atropelou geral’ se entrega à polícia no Rio
O motorista que atropelou três homens na saída de uma boate na Barra da Tijuca na sexta-feira (20) se apresentou à polícia no fim da noite de terça-feira (24). Renan Fernandes Nascimento é suspeito de jogar o carro sobre os jovens. Em um áudio enviado à namorada por um aplicativo de mensagens, ele assumiu a autoria do crime.
Os três rapazes saíam de uma boate, onde comemoravam o aniversário de 26 anos de Rafael Affonso. O aniversariante morreu no local.
Renan passou a noite na 16ªDP (Barra da Tijuca). Ele prestou depoimento e afirmou à delegada responsável pelas investigações que não se lembra do que aconteceu.
“Ele afirma que teve uma discussão e que, nesse momento, se aproximaram os outros e ele achou que um tivesse ido pegar uma arma e por isso ele entrou no carro e tentou fugir da agressão que ele achou que iria sofrer”, explicou a delegada Adriana Belém.
Breno Moraes da Silva, uma das vítimas do atropelador, disse estar aliviado com a prisão de Renan. Breno estava com Rafael no momento do atropelamento e teve apenas ferimentos leves.
“É um grande alívio pra gente ver que está sendo bem feita a justiça dele. [Espero] Que ele continue preso. Infelizmente a gente perdeu um grande amigo bem puro de coração que não merecia ter acontecido isso, mas ele [o atropelador] vai pagar por tudo o que ele fez”, disse Breno.
Breno também agradeceu o trabalho da polícia, da delegada Adriana Belém – que foi a responsável pela investigação – e a repercussão da divulgação das imagens do atropelador.
“Todo mundo entrou de cabeça nessa repercussão do caso e graças a Deus ele foi encontrado”, completou.
Os investigadores confirmaram que o suspeito estava na boate e que gastou mais de R$ 820 em dois combos de vodca e energéticos. A polícia tem uma mensagem de áudio em que Renan confessa o atropelamento.
“Atropelei geral, atropelei mais de cinco pessoas, tá? Vou ser preso, não sei nem o que vou fazer…”, diz Renan na mensagem.
A delegada afirmou que o depoimento de Renan à polícia foi pouco convincente. “A história realmente não me convenceu, todos os indícios levam para um outro caminho, mas ele tem o direito de falar o que quiser para a sua defesa.
Discussão antes do acidente
Um amigo, que sofreu ferimentos leves, contou que houve uma discussão um pouco antes do acidente.
“Um quarto amigo nosso teve uma discussão com esse cara do carro, e esse cara falou que ia pegar uma arma. Eu fui até ele ‘pra deixar disso’, pra ele não fazer nada. Para mim, tinha morrido ali. Saímos pra ir até o nosso carro, que estava parado depois do posto; nisso, foi quando só deu para escutar o barulho do pneu do carro cantando e a porrada pegando a gente pelas costas”, detalhou o amigo.
A polícia chegou até Renan depois de identificar a placa do carro em um vídeo gravado momentos depois do atropelamento. Nas imagens, é possível ver Renan parar o carro e uma mulher descer. Em seguida, a mulher embarca e o carro arranca ainda com a porta aberta.
De acordo com a delegada, ele pode ser condenado a mais de 50 anos de prisão. “Ele continua indiciado em um homicídio doloso consumado em razão da vítima fatal e em três tentativas de homicídio na forma dolosa, todas na forma intencional”.
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