FOTOS IMAGENS-Motorista que causou acidente com mortes mentiu e tentou culpar colega morto
Ele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), mas se recusou a fazer o exame de alcoolemia. Com exclusividade a este blog, o advogado de duas das vítimas, Leandro Souza, afirmou que testemunhas viram várias latas de cerveja dentro do carro de Raphael. “Ele tentou se safar e colocar a culpa no amigo morto, mas não teve jeito, porque ele foi visto conduzindo o carro. Informei ao delegado que ele mentiu em seu depoimento e que estaria cometendo o crime de fraude processual e falso testemunho, o que caberia prisão em flagrante delito”.
Após mentir sobre autoria, motorista foi preso por embriaguez e fraude processual
REPRODUÇÃO
Raphael foi preso e responderá judicialmente por embriaguez ao volante, fraude processual e homicídio culposo. “É um caso muito triste. Com ele no carro, havia outras três pessoas. Uma fugiu do local e as outras duas faleceram, uma delas era namorada de Raphael. Seu corpo foi arremessado pela janela durante o acidente”, observa o Dr. Leandro.
A perna curta da mentira
Além das mortes, o que me chamou atenção nesse caso foi o fato de o rapaz ter mentido e afirmado não ser o autor da batida, sendo que testemunhas o viram dirigindo, inclusive, uma delas afirmou que bebeu com ele, horas antes.
Raphael não assumiu a responsabilidade de seu erro. E, assim como ele, muitas pessoas fazem o mesmo, em diferentes situações.
Culpar os outros pelas prórias irresponsabilidades pode parecer confortável, mas pensar assim é uma completa falácia porque, além de ser um ato extremamente covarde, esconde limitações e questões emocionais graves que precisam ser urgentemente resolvidas.
Existem várias teorias dentro da psicologia que buscam entender a culpabilidade, ou seja, o ato de colocar a culpa no outro. Uma delas explica que a pessoa não consegue reconhecer seu papel nos acontecimentos da vida porque isso implica num enfrentamento psíquico.
O ressentimento é um veneno e adoece as pessoas, conforme analisou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Por isso, em vez de ser agente da própria vida, isto é, agir para ser responsável e mudar um possível ciclo vicioso de erros, a pessoa fica em um estado de passividade.
Assumindo a responsabilidade
No caso de Raphael, ele foi obrigado a “reconhecer seu erro” para a polícia. Mas, e dentro de si? Será que ele conseguiu entender a importância de assumir as falhas? Porque se ele não entender a sua culpa e fizer algo para mudar, o encarceramento não adiantará nada e não fará nenhuma diferença para a mudança de seu comportamento.
Especialistas afirmam que quando uma pessoa assume espontaneamente a própria responsabilidade pelos erros consegue superar os acontecimentos e evitar que os mesmos voltem a acontecer no futuro.
Quem não assume suas responsabilidades vive refém de sentimentos ruins
BBC BRASIL
Porque fugir das consequências que eles trazem, assim como negá-los ou ignorá-los, faz com que a pessoa perca a oportunidade de crescer e repita os mesmos padrões ao longo da vida.
Para mudar essa realidade é preciso entender que o que fazemos sempre trará consequências. Daí, a necessidade de pensar nelas, antes de agir.
Por isso, não acredito em destino, são nossas atitudes que escrevem nossa vida. O poder de escolha é sempre nosso, a culpa nunca é dos outros. E quanto mais rápido aprendermos isso, menos sofreremos.
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