FOTOS IMAGENS-Médica que prestou primeiros socorros às vítimas da lancha relembra acidente: ‘Desespero’
A médica Maria Alice Pulga, amiga que prestou os primeiros socorros às vítimas do acidente com uma lancha em Angra dos Reis (RJ), relatou os momentos de desespero do grupo após a lancha atropelar os banhistas, deixando duas pessoas mortas e duas feridas. “Foi um desespero, uma gritaria”. O acidente foi nesta sexta-feira (30) em uma região conhecida como Lagoa Azul, na Ilha Grande.
A médica de São José dos Campos estava na água conversando com as amigas Natasha e a Camilla, sobreviventes do atropelamento. Ela disse que viu a lancha se aproximando em alta velocidade, mas achou que o piloto conseguiria fazer o desvio.
O grupo, de cerca de 30 pessoas, brincava na água com boias. A área do acidente é restrita às escunas, que ficam atracadas para que os turistas nadem ao redor das embarcações. O local é conhecido pelas belezas naturais, entre elas a água cristalina.
“Na hora eu vi que a lancha vinha em nossa direção, mas você nunca pensa que o piloto não vai desviar. Mesmo assim eu recuei levemente, então foi em uma fração de segundo que a lancha passou por nós, fazendo uma onda, seguida por gritaria. A água ficou vermelha de sangue”, relembrou.
Ela disse que a amiga Natasha de Oliveira e a advogada Camila Précoma, sobreviventes do impacto, começaram a gritar após serem atingidas nos pés. “As pessoas gritavam e choravam. Na hora saímos da água e comecei a tentar estancar o sangue do pé da Natasha. A Camila, ferida, já estava na embarcação. Não consegui perceber a gravidade do ferimento da Walquiria. Ela estava sendo retirada da água pelos nossos amigos. Ela sofreu um corte profundo parte posterior da coxa”, afirmou. Walquiria não resistiu e morreu durante o socorro.
Alexandre da Silva Leite, era do Rio de Janeiro, também faleceu. Ele foi o primeiro a ser atingido pela lancha, segundo testemunhas. O homem morreu no local.
Hospital
De escuna, o trajeto até o hospital mais próximo levaria cerca de 1 hora. Por isso, o piloto da escuna assumiu a direção da lancha que atropelou as vítimas e deu início ao resgate acompanhado da médica Maria Alice, que contou que o atropelador estava em choque.
“No trajeto comecei a me preocupar com a Walquiria, que estava pálida e com oscilação de conciência, desmaiando. No caminho, em uma embarcação que cruzamos, um outro médico nos ofereceu ajuda. A Walquiria precisou de massagem cardíaca, infelizmente ela não sobreviveu”, lamentou.
O namorado de Walquiria participava do passeio, organizado por um grupo de amigos de São José dos Campos, todos os anos, no feriado prolongado da Páscoa. Ele não estava na água no momento do atropelamento porque fazia fotos fora d´água.
Camila e Natasha foram atendidas no Hospital Geral da Japuíba. Ambas foram submetidas à cirurgias nos pés, que estavam com fraturas expostas. O quadro clínico delas é estável. Camila teve um dos dedos do pé direito amputado.
Ainda não há informações sobre o velório e enterro de Walquiria. A família dela é de Cabo Frio (RJ), mas os amigos acreditam que a família vá fazer o sepultamento em São José dos Campos. Nenhum familiar dela foi localizado até a publicação desta reportagem.
Investigação
Em depoimento à polícia, o condutor afirma à polícia que lancha que causou acidente estava com problema no acelerador.
Ainda segundo a polícia, o exame do bafômetro comprovou que o condutor não estava alcoolizado. Ele é morador de Angra dos Reis, havia alugado a lancha e afirmou que o problema no acelerador já havia sido relatado anteriormente para o proprietário.
O marinheiro foi autuado por duplo homicídio culposo e dupla lesão corporal culposa. Ele pagou fiança e vai responder em liberdade.
Mãe procura adolescente de 13 anos desaparecida há dois dias em Rio Branco
Raimunda Nonata Arseno procura a filha Ana Cláudia Arseno, desaparecida desde quinta (29). Família registrou um boletim de ocorrência pelo sumiço.
Sertanista diz que isolados deixaram tribo em busca de parceira: ‘índio sem mulher é inconcebível na cultura deles’
José Meirelles trabalhou 22 anos com índios isolados do Envira e crê que além da falta de mulher, Jaminawas estão convencendo isolados a deixarem aldeia. ‘Tem tudo pra dar muito errado’, alerta.
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook