Mãe diz à polícia que fisioterapeuta achada morta queria terminar namoro
Segundo ela, vítima revelou intenção durante almoço horas antes do crime.
Caillane Marinho, de 27 anos, levou tiro na cabeça; namorado é suspeito.
A Polícia Civil começou a ouvir na terça-feira (11) os depoimentos relacionados ao homicídio da fisioterapeuta Caillane Marinho, de 27 anos, achada morta dentro de casa, em Vianópolis, região sul de Goiás. O namorado dela, o engenheiro agrônomo Diego Henrique de Lima, de 30, é suspeito do crime. Segundo a mãe da vítima, uma das depoentes, a jovem tinha a intenção de terminar o relacionamento.
“A mãe contou que almoçou com ela no sábado (8) e que a Caillane revelou que iria terminar o relacionamento, que iria se separar. Pelo que apuramos, o crime aconteceu no fim daquela tarde”, disse ao G1 o delegado Marcos Vinícius Costa, responsável pela investigação.
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Diante da informação, o delegado salientou que a principal linha de investigação passou a ser que Diego matou a namorada porque não aceitava o fim do relacionamento.
Caillane foi encontrada morta na manhã de domingo (9). Segundo as investigações, ela estava no quarto da residência, onde morava com o namorado há cerca de dois meses, e tinha uma marca de tiro na cabeça. Desde então Diego não foi localizado. Ela deixou uma filha de 7 anos.
Além da mãe, o delegado também ouviu um primo. Costa também acompanhou o trabalho pericial realizado na residência onde o crime ocorreu.
De acordo com a polícia, o namorado da vítima já foi detido por porte ilegal de arma há 3 anos. “Ele foi abordado pela polícia, que encontrou uma arma com ele. Era um revolver calibre 38, mas não sabemos se essa mesma arma foi usada no crime porque ela não foi encontrada e o laudo pericial ainda não foi concluído”, disse o delegado.
Relacionamento conturbado
Amigos de Caillane também disseram que o relacionamento dela com o namorado era bastante conturbado. Um publicitário, que não quis se identificar, afirmou que o namorado era muito ciumento.
“Eles estavam juntos há seis meses e morando juntos há dois. Eu nunca gostei dele porque ela se afastou muito da gente depois que se conheceram. Na última quinta-feira (6), ela me disse que estava triste e que queria terminar”, afirmou.
Outra amiga, que também pediu sigilo sobre a identidade, também relata situação semelhante. “A gente se encontrava muito quando ela ainda era solteira. Mas depois que ela começou a namorar, nunca mais. O pessoal falava que ele era agressivo e ciumento”, revelou.
Comunicação do crime
O advogado Romualdo de Oliveira foi quem avisou à polícia sobre o crime. Ele afirma que foi procurado pelo pai de Diego para relatar a situação, mas alegou que não tem informações mais concretas sobre o paradeiro do suspeito.
“Não sei como foi a dinâmica do crime. Recebi um telefonema pedindo que eu comunicasse o evento. Ele irá se entregar, mas não sei quando. A informação que a família me passou é que ele vai isso vai ocorrer em um momento oportuno”, salientou.
Oliveira destacou que, apesar de ter atuado inicialmente no caso, a defesa do engenheiro no caso caberá a outro profissional, cujo nome ele disse não saber.