Família muçulmana após tiroteio na mesquita Al Noor, em Christchurch — Foto: SNPA / Martin Hunter / Reuters
Líderes de diferentes países condenaram os ataques a tiros contra duas mesquitas em Christchurch, na ilha sul da Nova Zelândia, que deixaram 49 mortos e 48 feridos nesta sexta-feira (15).
Representantes de países de maioria muçulmana, como a Turquia, Malásia e o Paquistão, foram os primeiros a se manifestar.
Austrália
O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, diz que os australianos são solidários aos neozelandeses. “Os australianos estão com todos os neozelandeses hoje, durante este período sombrio, onde ódio e violência roubaram sua paz e inocência”, declarou no Twitter.
“A Nova Zelândia, como a Austrália, é o lar de pessoas de todas as fés, culturas e origens. Não há lugar em nenhum em nossos países para o ódio e a intolerância que geraram essa violência extremista e terrorista que condenamos”, acrescentou.
Em sinal de luto, as bandeiras australianas ficarão a meio mastro.
Out of respect and in condolence for all those killed in the terrorist attack in New Zealand, I have asked for flags to be flown at half-mast. pic.twitter.com/0qgIrmdgoH
Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu em sua conta do Twitter que “os EUA estão com a Nova Zelândia para qualquer coisa que possam fazer”.
“Minha mais calorosa simpatia e os melhores votos vão para o povo da Nova Zelândia após o horrível massacre nas mesquitas. 49 pessoas inocentes morreram tão sem sentido, com tantos tão gravemente feridos”, disse.
My warmest sympathy and best wishes goes out to the people of New Zealand after the horrible massacre in the Mosques. 49 innocent people have so senselessly died, with so many more seriously injured. The U.S. stands by New Zealand for anything we can do. God bless all!
Hillary Clinton, a candidata do Partido Democrata à Presidência na eleição de 2016, escreveu que está com o “coração partido pela Nova Zelândia e pela comunidade muçulmana global”. Ela afirmou que “devemos continuar a lutar contra a perpetuação e a normalização da islamofobia e do racismo em todas as suas formas”.
Ela ressaltou que “os terroristas da supremacia branca devem ser condenados pelos líderes em todos os lugares. Seu ódio assassino deve ser interrompido”.
My heart breaks for New Zealand & the global Muslim community. We must continue to fight the perpetuation and normalization of Islamophobia and racism in all its forms.
White supremacist terrorists must be condemned by leaders everywhere. Their murderous hatred must be stopped.
França
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou no Twitter que “todos os nossos pensamentos para as vítimas dos crimes hediondos contra as mesquitas de Christchurch na Nova Zelândia e para seus entes queridos”.
Ele também disse que “a França enfrenta todas as formas de extremismo e age com seus parceiros contra o terrorismo no mundo”.
Toutes nos pensées pour les victimes des crimes odieux contre les mosquées de Christchurch en Nouvelle-Zélande et pour leurs proches. La France se dresse contre toute forme d’extrémisme et agit avec ses partenaires contre le terrorisme dans le monde.
Malásia
O Ministério das Relações Exteriores da Malásia afirmou que dois cidadãos de seu país ficaram feridos em Christchurch. “A Malásia condena fortemente este ato de terror sem sentido contra civis inocentes e espera que os responsáveis por este crime bárbaro sejam levados à justiça”, afirmou em comunicado.
Noruega
Após os ataques às mesquitas da Nova Zelândia, a primeira-ministra norueguesa Erna Solberg mencionou os “dolorosos vínculos com nossa própria experiência de 22 de julho, o momento mais difícil desde a guerra para a Noruega”. “Isto demonstra que o extremismo ainda prospera em vários lugares”, disse Solberg.
Paquistão
O premiê do Paquistão, Imran Khan, disse estar chocado com os ataques. “Isso reafirma o que sempre defendemos: que o terrorismo não tem religião. As orações vão para as vítimas e suas famílias”, declarou no Twitter.
Shocked and strongly condemn the Christchurch, New Zealand, terrorist attack on mosques. This reaffirms what we have always maintained: that terrorism does not have a religion. Prayers go to the victims and their families.
Reino Unido
A rainha da Inglaterra, Elizabeth II, disser ter ficado profundamente triste com os terríveis acontecimentos. “O Príncipe Philip e eu enviamos nossas condolências às famílias e amigos daqueles que perderam suas vidas. Também presto homenagem aos serviços de emergência e voluntários que prestam apoio àqueles que foram feridos. Neste momento trágico, meus pensamentos e orações estão com todos os neozelandeses.
…I also pay tribute to the emergency services and volunteers who are providing support to those who have been injured.
At this tragic time, my thoughts and prayers are with all New Zealanders.
Elizabeth R. (2/2)https://t.co/65pL375hFC
Turquia
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, participa de entrevista coletiva no segundo dia do encontro do G20 em Buenos Aires neste sábado, dia 1º de dezembro de 2018 — Foto: Aljandro/AFP
O presidente turco, Recep Erdogan, classificou a ações como deploráveis e afirmou que os ataques mostram o crescimento do racismo e da “islamofobia”. Segundo ele, novos ataques vão acontecer a menos que os governantes tomem providências, principalmente nos países ocidentais.
Vaticano
O papa Francisco declarou estar “muito triste” pelos “atos de violência sem sentido”. Ele expressou sua solidariedade com a comunidade muçulmana do país.
“O Papa Francisco está muito triste em saber da existência em saber da existência de feridos e mortos em atos de violência sem sentido contra duas mesquitas em Christchurch, e expressa a todos os neozelandeses, e em particular à comunidade muçulmana, sua sincera solidariedade com esses ataques”, informou um telegrama assinado pelo número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.
Papa Francisco — Foto: Reuters