FOTOS IMAGENS-Homem que matou procurador nega envolvimento do prefeito no crime
22/07/2015 20h15 – Atualizado em 03/11/2015 12h17
Homem que matou procurador nega envolvimento do prefeito no crime
Algacir Teixeira de Lima foi assassinado no dia 16 de março deste ano.
Prefeito, Leomar Bolzani (PSDB) e outras 5 pessoas continuam presas.
O homem que confessou ter matado o procurador de Chopinzinho, no sudoeste do Paraná, negou ao juiz que cometeu o crime a mando do prefeito afastado Leomar Bolzani (PSDB) e do ex-assessor dele, Giovane Baldissera. Ele também disse que agiu sozinho e matou a vítima por causa de uma dívida de R$ 2,5 mil.
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Algacir Teixeira de Lima, de 51 anos, foi morto no dia 16 de março deste ano, ao descer do carro, quando chegava em casa com as duas filhas. No dia 22 de março, Bolzani foi preso em casa suspeito de participação na morte do procurador.
Em um vídeo divulgado pela polícia, o homem que confessou ter assassinado o procurador aparece dizendo que estava sendo pressionado a terminar o serviço. Ele cita “Pardal”, que é o apelido do ex-assessor do prefeito, e da mulher, conhecida como macumbeira, que teria intermediado a contratação do atirador, segundo a polícia.
A mulher também chegou a confessar para a polícia o envolvimento no crime. Mas, diante do juiz da Vara Criminal ficou calada. O marido dela e os dois irmãos, que teriam ajudado na fuga do assassino, de acordo com a investigação, também não falaram nada. Ainda na audiência, Baldissera negou novamente que tenha participado do crime.
em Pato Branco (Foto: Prefeitura de Chopinzinho/
Divulgação)
O prefeito continua preso na delegacia de Pato Branco, cidade próxima. Como ele tem foro privilegiado, o processo corre no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), em Curitiba. Os advogados de Bolzani entraram com pedido para que ele responda ao processo em liberdade. Porém, o TJ-PR manteve a prisão preventiva.
O promotor de Justiça que cuida do caso disse que tem outras provas e testemunhas de que a nova versão seja falsa. Ele não quis dar entrevista, mas afirmou que pretende provar que a história da dívida de R$ 2,5 mil é inconsistente, já que o procurador ganhava R$ 15 mil por mês e tinha um saldo bancário de mais de R$ 60 mil.
Segundo as investigações, o crime foi motivado pela atuação do procurador no Ministério Público (MP), já que ele havia feito denúncia sobre a ação de um grupo dentro da prefeitura de Chopinzinho, que era chefiado pelo prefeito. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) vai pedir que os réus sejam julgados em júri popular por homicídio qualificado.
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