Blog do Levany Júnior

FOTOS IMAGENS-Homem que atirou pizza em vereador diz não se arrepender: ‘Fiquei irritado’

pizza

03/09/2015 16h55 – Atualizado em 03/09/2015 17h13

Homem que atirou pizza em vereador diz não se arrepender: ‘Fiquei irritado’

Imagens registraram a confusão na Câmara de Morrinhos, GO; veja vídeo.
Protesto ocorreu depois que votação sobre cassação foi fechada ao público.

Sílvio TúlioDo G1 GO

O desempregado Rui Barboza Alves de Mendonça, de 48 anos, conhecido como Rui Pipa, disse que não se arrepende de ter atirado uma pizza contra o vereador Wellington Muniz (PSL), durante uma sessão na Câmara Municipal de Morrinhos, no sul de Goiás (veja vídeo). “Fiquei muito irritado”, afirmou ao G1.

O ato ocorreu na quarta-feira (2) depois que a Casa decidiu votar de forma secreta a cassação de dois parlamentares suspeitos de contratar servidores fantasmas. “Não me arrependo. Acho que a atitude deles não foi correta, foi um absurdo. Quando quer pedir voto, vereador põe a cara para fora, mas, quando o povo pede justiça, eles se escondem”, reclama.

O G1 entrou em contato com o gabinete de Wellington Muniz, mas um assessor informou que ele estava em um encontro político em uma fazenda da cidade.

Rui chegou a ser preso e levado para a delegacia, mas foi liberado após prestar depoimento. Ele revela que já foi candidato a cargos eletivos na cidade por cinco vezes, mas nunca foi eleito. Apesar disso, diz que sua atitude não está relacionada à política.

“Eu fiquei muito irritado, não programei nada. Agi como um cidadão. É uma indignação coletiva. Havia outras pessoas revoltadas lá também. Pelos menos umas 20 levaram pizzas. Tanto que a que eu joguei nele eu não comprei, peguei lá mesmo”, conta.

Cassação
Oberdan Mendonça Carvalho (SDD) e Wellington José (PMDB) já foram afastados do cargo pela Justiça por conta da investigação. Após a pizza ser jogada, a sessão prosseguiu com muitas vaias. Dos 11 vereadores, apenas três foram favoráveis à cassação.

Desempregado disse que ‘agiu como cidadão’  (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Apesar disso, os dois políticos vão seguir longe da Câmara por pelos menos mais quatro meses. O prazo do afastamento já venceu, mas o judiciário determinou que eles não podem voltar a trabalhar nem receber o salário de quase R$ 7 mil enquanto o processo não for finalizado. Cabe recurso da decisão.

“Em princípio, nós temos aqui crime de peculato, concussão e outras condutas que nós estamos analisando onde se evidencia, inclusive, coação no curso do processo”, explica a promotora de Justiça Jonize Ferreira Figueiredo.

Advogado do vereador Wellington Reis, Colemar Moura alegou que seu cliente é inocente. “O processo é isso, uma parte acusa e outra se defende. Nós vamos nos defender”, afirma.

A defensora de Oberdan Carvalho não quis gravar, mas negou à reportagem da TV Anhanguera que o político tenha contratado servidores fantasmas.

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