Blog do Levany Júnior

FOTOS IMAGENS-Governo confirma 6 presos assassinados em cadeia de Manaus

Corpos foram retirados da UPP durante a noite (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) confirmou que, ao todo, seis detentos foram mortos dentro da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), em Manaus, nesta sexta-feira (7). Equipes de grupos especiais da Polícia Militar estão no local para reforçar a segurança. Veja lista de presos assassinados.

  1. Janderson Araújo da Silva, (vulgo “Boca Rica”), da galeria 3, cela 8;
  2. Leonardo Almeida de Souza, da galeria 1, cela 6;
  3. Marcos Henrique Neves de Lima, da galeria 2, cela 6;
  4. Tiago de Araújo, da galeria 3, cela 3;
  5. Felipe Xavier Oliveira, da galeria 3, cela 3;
  6. Felipe Gonçalves Marques, da galeria 3, cela 5.

A unidade fica localizada no km 2 do Ramal da Bela Vista, em Manaus. A UPP abriga presos provisórios desde 2002 e tem capacidade para 626 internos. Entretanto, 1.286 estão alojados no presídio, segundo a Seap.

A razão dos crimes ainda não foi esclarecida. A Seap informou apenas que, das vítimas, uma foi enforcada e, a outra, decapitada.

A Seap informou, por meio de nota, que não houve motim ou rebelião na unidade, “tendo em vista que os internos não apresentaram oposição às forças policiais, reivindicações e nem danos ao patrimônio público”.

A Polícia Militar do Amazonas (PMAM) está no local realizando procedimento de contagem de internos. A ação está sendo acompanhada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).

Policiais civis também estão na UPP, realizando as oitivas dos detentos que residem nas celas onde ocorreram os crimes. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) realizam a perícia técnica na unidade prisional.

Do lado de fora da unidade, familiares chegaram a fazer uma roda de orações para pedir pela vida dos detentos. “Meu filho está preso aí por ter assaltado. Nesse momento, eu fico desesperada como mãe aqui fora esperando uma resposta do que aconteceu”, disse a mãe de um detento da unidade prisional, que não quis ter o nome divulgado na reportagem.


Familiares fizeram orações em frente ao presídio, na tarde desta sexta-feira (7) (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

Após a confirmação de duas mortes dentro da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), nesta sexta-feira (7), familiares de alguns detentos se reuniram em frente à penitenciária em busca de informações de parentes. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) disse que não houve rebelião no local, mas não descarta a ocorrência de outros homicídios.

Um grupo de cerca de 20 pessoas foi para a frente da UPP, nesta tarde, para aguardar notícias dos familiares presos na unidade. Apreensivos, eles começaram a chegar ao local ainda no fim da manhã, após fotos de corpos serem divulgadas em redes sociais.

Em frente à unidade, eles chegaram a fazer uma roda de orações para pedir pela vida dos detentos. “Meu filho está preso aí por ter assaltado. Nesse momento, eu fico desesperada como mãe aqui fora esperando uma resposta do que aconteceu”, disse a mãe de um detento da unidade prisional, que não quis ter o nome divulgado na reportagem.

Por volta de 17h30, cerca de 20 viaturas da Tropa de Choque e equipe antibombas entraram no presídio.

Parentes de presos buscavam por informações no local (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

Outra familiar, que também não quis se identificar, afirmou ter chegado na Unidade Prisional por volta das 10h, após a morte do detento conhecido como “Boca Rica”. “Meu marido está preso. Não deram nenhuma resposta para nós até agora. Ainda pouco vi uma foto dele amarrado mas não sei se ele está bem”, comentou a mulher.

“Ficamos desesperadas por respostas. Cada pessoa que está aqui é por um propósito. Em situações dessa, como a do início do ano, nós sempre somos os últimos a saber o que aconteceu e se nossos familiares estão bem”, disse outra familiar.

Um dos mortos que teve o nome confirmado pela SSP foi Janderson Araújo da Silva, o “Boca Rica”. Segundo o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, o homem teria ligação com a facção Família do Norte (FDN) e seria o braço direito do traficante “João Branco”, líder do grupo criminoso detido em presídio federal. A FDN seria responsável pelo massacre de presos ocorrido em janeiro deste ano no Amazonas.

A morte de outro preso foi confirmada horas depois pela SSP, mas a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) não divulgou o nome da vítima até o fim da tarde desta sexta (7).

Fontes informou ainda que não houve rebelião no local e que a situação está controlada. Entretanto, ele diz que policiais estão dentro da UPP para vistoria e que novas mortes não são descartadas.

Dois carros do IML foram acionados para a UPP (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

Polícia entra em presídio após mortes na UPP, em Manaus

Rebeliões e mortes

A UPP é uma das unidades onde ocorreram mortes de presos no começo do ano no Amazonas. Quatro foram assassinados no local. Ao todo, 65 presidiários morreram em unidades na capital e 225 fugiram.

A matança nas cadeias teve início no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) na tarde do dia 1º de janeiro e, conforme a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), houve uma briga entre facções. O caso é considerado o “maior massacre” do sistema prisional do Amazonas. 65 foram mortos.

Após os crimes, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), transferiu, emergencialmente, 284 presos para a então desativada Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus. Os presos transferidos também se rebelaram e quatro foram mortos no local.

Familiares fizeram orações em frente ao presídio, na tarde desta sexta-feira (7), UPP, rebelião, morte, presídio (Foto: Patrick Marques/G1 AM)

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