RIO — O estado de saúde de Markus Muller, de 51 anos, internado no Hospital municipal Pedro II, em Santa Cruz, continua muito grave. A reportagem do GLOBO conseguiu, com exclusividade, uma imagem do alemão no Centro de Queimados da unidade. Na foto, ele aparece num leito, com o rosto enfaixado e respirando com ajuda de aparelhos. O alemão teve queimaduras em 50% do corpo após a explosão do apartamento dele, no Edifício Canoas, em São Conrado.
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Os policiais da 15ª DP (Gávea), que investigam o caso, apostam cada vez mais na hipótese de a explosão ter sido provocado por um vazamento de gás. Eles se baseiam nas imagens do circuito interno de segurança do prédio, que mostram o alemão Markus Muller, de 51 anos, entrando sozinho no condomínio, e no laudo preliminar de peritos revelando que os cortes no corpo da vítima são superficiais e não estão cauterizados. O que significa que eles foram produzidos depois das chamas que provocaram as queimaduras. Os investigadores acreditam que os ferimentos foram causados por cacos de vidros arremessados em todas as direções. Com isso, praticamente afastam as hipóteses de o alemão ter sido vítima de um assalto e de ter tentado o suicídio.
Em depoimento nesta sexta-feira, a cabeleireira Janete Barbosa dos Santos, de 29 anos, mãe do adolescente Felipe Barbosa da Silva, de 14 anos — que era apadrinhado pelo alemão para jogar na Escolinha do Barcelona, na Barra da Tijuca —, revelou ter ouvido do filho que há pelo menos dois meses Muller se queixava de forte cheiro de gás. E que ele chegou a chamar uma pessoa para tentar identificar o problema.
— Até terminarmos todos os depoimentos, não podemos descartar nada, mas já está ficando longe a possibilidade de o alemão ter sido vítima de um assalto ou de ele ter tentado suicídio — afirmou um policial.
Já o médico Luiz Alexandre Essinger, diretor do Hospital Miguel Couto, para onde Muller foi levado pela primeira vez, voltou a afirmar nesta sexta-feira que ao ser atendido, o alemão repetiu que fora torturado por um assaltante no apartamento, que exigia dinheiro e relógios. Ainda segundo a vítima, o ladrão usou uma faca para fazer cortes nos seus braços e costas. Segundo Essinger, o alemão repetiu três vezes em inglês aos médicos de plantão: “Ele quer me matar”.
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