FOTOS IMAGENS-Empresas são autuadas por furto de R$ 35 milhões em energia em Goiás
Empresas são autuadas por furto de R$ 35 milhões em energia em Goiás
Polícia Civil identificou fraude em 11 indústrias, supermercados e postos.
Operação Curto Circuito tenta identificar responsáveis por adulterações.
A Polícia Civil autuou 11 empresas suspeitas de furtar energia elétrica em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, a 55 km da capital. Segundo a investigação, a fraude era realizada por grandes unidades consumidoras, como indústrias, supermercados e postos de combustíveis, que causaram prejuízo de mais de R$ 35 milhões, somando valores que não foram repassados à Companhia Energética de Goiás (Celg) e ao governo estadual, por meio do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
As investigações resultaram na Operação Curto Circuito, realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), em parceria com a com o Setor de Fiscalização da Celg e com a Polícia Técnico Científica. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. O nome das empresas envolvidas não foi divulgado.
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A suspeita sobre as fraudes começaram depois que a Central de Telemetria da Celg identificou indícios de manipulação no consumo de energia em grandes empresas. A suspeita da Polícia Civil é que as 11 empresas tenham comprado um aparelho utilizado para adulterar a medição do consumo.
Conforme disse o gerente do Departamento de Perdas da Celg, Rodrigo Flávio, além do prejuízo causado à distribuidora e ao governo estadual, o furto de energia era pago pelos consumidores. “Um percentual deste prejuízo era rateado entre os consumidores, o que a partir do próximo mês não vai ocorrer mais. É um ‘gato’ sofisticado que trazia prejuízo para todos”, disse.
Fraudes
Segundo o delegado Frederico Maciel, as empresas cometiam a fraude a pelo menos um ano e meio. “Agora vamos intensificar a investigação para saber se os donos destas empresas são, de fato, os responsáveis pelo furto e se forem, serão indiciados por tal crime”, disse.
De acordo com o superintendente de Comercialização da Celg, Leandro Chaves, as empresas utilizavam um equipamento que inibia o sinal de energia elétrica recebido pelo medidor. Segundo ele, entre 50% e 70% da energia era furtada.
“Nós conseguimos monitorar à distância o que acontece nas unidades de consumo. Fomos até o local e encontramos este sistema sofisticado de fraude. Para se ter uma ideia, as portas dos locais de leitura tinham sensores que desativavam o dispositivo assim que elas eram abertas, para que fiscais não identificassem a irregularidade durante a leitura”, disse.
Entre as empresas estão indústrias de plástico, vidro, postos de combustíveis e três supermercado de uma grande rede. Todas os responsáveis por elas serão investigados pelo crime de furto.
A Polícia Civil diz que as empresas serão cobradas pelo valor integral da energia não faturada durante o período das irregularidades. Com a regularização, cerca de R$ 1,1 milhão deve ser arrecadados mensalmente.
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