Suspeito teria participado de golpe e foi preso com o dinheiro em Cuiabá.
Willian Alves Dias cometeu homicídio em 1996 e era foragido da Justiça.
Um empresário de 43 anos, foragido há 20 anos por um homicídio cometido no Rio de Janeiro, foi preso nesta segunda-feira (13), no Bairro Três Américas, em Cuiabá. Segundo informações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Willian Alves Dias usava o nome falso de Wellington Leles Aguiar. Ele é dono de quatro supermercados em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, onde morava.
O delegado da GCCO, Flávio Henrique Stringueta, explicou que Willian teria participado de um golpe com outras pessoas. Ao ser preso, ele foi flagrado com R$ 148 mil e dois documentos falsos. Ele ‘trocaria’ esse valor por R$ 1 milhão. Ao ser interrogado, o empresário confessou o crime. O suspeito deve responder criminalmente por uso de documento falso e será investigado por suposta lavagem de dinheiro. OG1 não localizou o advogado do empresário.
“Ele explicou que a condenação [pelo crime no Rio de Janeiro] teria saído e ele fugiu. Confessou que comprou esses documentos falsos. Sobre o crime do RJ, ele disse que esfaqueou uma pessoa”, informou Stringueta.
(Foto: Assessoria/Polícia Civil de MT)
De acordo com a GCCO, Willian usava um documento de identidade e uma carteira de habilitação, ambos falsos. Ele estava com a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro desde 2002 pelo crime de homicídio cometido em 1996.
O empresário morava há mais de 8 anos em Lucas do Rio Verde, onde usava os documentos falsos. Na mochila do suspeito os investigadores encontraram R$ 143 mil. Outros R$ 5 mil estavam no quarto do hotel onde o empresário havia se hospedado, emCuiabá.
Golpe
Conforme a GCCO, o empresário foi convencido a participar de um esquema, que consiste em atrair pessoas que entram com uma certa quantia em troca de dinheiro desviado do Banco Central. No entanto, a situação toda é falsa. “Esse golpe é antigo: o golpista oferece um dinheiro que seria desviado do Banco Central e a vítima acredita que o dinheiro é legal. Ele trocaria R$ 166 mil por R$ 1 milhão. Estava cego pelo dinheiro”, explicou o delegado.
O empresário está preso na sede da GCCO, em Cuiabá. A previsão é que o suspeito seja transferido para o Rio de Janeiro.