deste domingo (Foto: Arquivo Pessoal)
O estudante Isaque Jorge da Silva Correa, de 17 anos, foi assassinado com um tiro de arma de fogo disparado por um segurança que presta serviços para a Infraero no terminal 2 do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. O adolescente comemorava com amigos o aniversário, quando foi abordado e baleado em um posto de combustível situado em frente ao aeroporto. O vigilante teria deduzido que o jovem estivesse armado. O crime ocorreu na madrugada deste domingo (12), na Avenida Santos Dumont, Zona Oeste da capital.
De acordo com a família da vítima, Isaque Jorge estava com amigos na lateral do posto quando outros colegas chegaram ao local pedindo ajuda para empurrar uma motocicleta. Testemunhas relataram que o segurança teria saído da guarita e se dirigido ao posto e abordado os rapazes, dando ordem para que eles se rendessem. Os jovens atenderam a ordem, mas o vigilante disparou contra o adolescente, que foi atingido com tiro na nuca. Segundo testemunhas, depois que o jovem foi ferido, o segurança continuou ameaçando os amigos do jovem.
“Meu sobrinho estava com oito amigos. O segurança deduziu que eles estavam em atitude suspeita e foi abordá-los. O segurança os rendeu, eles ficaram com mão na cabeça e mesmo assim o segurança atirou. O Isaque não estava armado e o vídeo logo depois que ele foi atingido compra isso. Os policiais que levaram o segurança detido não encontraram nenhuma arma com meu sobrinho”, afirmou William Silva, que é tio do adolescente.
O adolescente foi socorrido e levado para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, mas não resistiu e morreu na unidade.
Isaque tinha saído com amigos para comemorar o aniversário de 17 anos, completados no último dia 10. “Ele saía de vez em quando com os amigos. É adolescente e estava comemorando o aniversário dele. Ele fez aniversário no dia 10 e não tinha dado tempo de comemorar no mesmo dia”, comentou o tio.
A equipe de policiais militares da 20ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) que estava em patrulhamento na avenida Santos Dumont deteve o segurança, que foi levado para prestar esclarecimentos no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O vigilante foi preso em flagrante e até manhã deste domingo permanecia detido. O G1 procurou a Polícia Civil para verificar o caso, mas funcionários do 19º DIP não passaram informações.
“Eu ainda não tive informações sobre depoimento dele, mas, até onde o investigador me passou, ele deduziu que eles estavam armados na hora que ele mandou meu sobrinho e os amigos colocar a mão na cabeça”, disse William Silva.
Procurada pelo G1, a Infraero disse que está apurando o caso e que deve se pronunciar posteriormente sobre o envolvimento do segurança de empresa terceirizada na morte do jovem.