Karliane Vitória saiu de Porto Velho e foi morar em Brasília em 2016. — Foto: Facebook/Reprodução
O corpo de Karliane Vitória, assassinada a tiros na última terça-feira (4) em Taguatinga, no Distrito Federal, deverá chegar no próximo domingo (9) a Porto Velho. Segundo amigas da vítima, a mulher transexual de 21 anos morava na capital federal desde 2016. Karliane morreu com um tiro nas costas.
Internautas de Rondônia usaram as redes sociais para homenagear Karliane e dar um último adeus quando souberam do assassinato. Na maioria das postagens, os usuários clamavam por Justiça. Para a maioria deles, a morte da jovem se trata de homofobia.
Cientes dos custos no transporte do corpo, amigos da jovem realizaram uma vaquinha nas redes sociais para auxiliar a família com uma parte do dinheiro. Segundo uma das organizadoras da ação, a família de Karliane pediu ajuda de R$ 3 mil, metade do valor total do transporte.
Melissa Massayury, presidente da União Libertária de Travestis e Mulheres Transexuais (Ultra), contou ao G1 que metade da renda veio de amigos e amigas da casa de onde Karliane morava. O restante, da “vaquinha” virtual. Ela contou ainda que a vítima estava em processo de transição de gênero.
“Ela estava se realizando enquanto uma mulher transexual, se adequando ao seu gênero, ficando mais bonita, mais feminina. Foi quando ela colocou a prótese dos seios. Mas aconteceu a fatalidade”, contou Melissa.
O que dizem as amigas de Karliane Vitória?
A vítima morava desde 2016 em uma pensão na capital federal. Ao todo, nove meninas, entre mulheres trans e travestis, vivem no local. Segundo uma das amigas mais próximas de Karliane, a vítima era uma pessoa tranquila.
“Todo mundo gostava dela aqui. Não tinha problema com ninguém, não era uma pessoa de briga, não usava drogas. Era uma pessoa de bem. Esse ocorrido deixou todos nós em estado de choque”, conta Raica Brenda, uma das moradoras da pensão.
Amiga contou que relação de Karliane com a família era difícil. — Foto: Facebook/Reprodução
O crime
Karliane Vitória foi assassinada com um tiro nas costas na noite da última terça-feira (4), em Taguatinga, no Distrito Federal. Até o momento, ninguém foi preso.
Na delegacia, uma testemunha contou que viu a vítima andando na frente de um ciclista, apontado pelas investigações como o principal suspeito do crime. Em depoimento, essa pessoa disse que a vítima gritou por socorro e, em seguida a testemunha “ouviu vários disparos”.
Assustada, a testemunha correu no sentido contrário, mas outras pessoas afirmaram ter visto o ciclista fugindo em direção a um local conhecido como “favelinha”, na mesma região. O caso está sendo investigado pela 21ª Delegacia de Polícia.
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