FOTOS IMAGENS-Casos de Polícia – ‘Viúva da Mega-Sena’ começa a ser julgada por morte do marido
Adriana Ferreira Almeida já começou a ser julgada por assassinato no Fórum de Rio Bonito, município da Região Metropolitana do Rio. Ela é acusada de ser a mandante da morte do marido, Renné Senna, em 2007 – dois anos após ele ganhar R$ 52 milhões na Mega-Sena. Adriana mostra um visual diferente: os cabelos estão platinados, com uma franja longa. Ela chegou ao local de cabeça baixa.
O julgamento presidido pelo juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser começou às 10h55 desta terça-feira, com atraso de cerca de uma hora. A primeira pessoa a depor é uma testemunha de defesa. Adriana permanece de braços cruzados, olhando para baixo. Às vezes ela olha para a testemunha, um médico cirurgião que atendeu Renné Senna uma vez em uma emergência e o submeteu a uma cirurgia, depois voltou a visitá-lo de oito a nove vezes na fazenda. Esse médico também foi a primeira testemunha a depor no julgamento de 2011.
Durante os depoimentos das duas primeiras testemunhas, o advogado de Adriana fez perguntas sobre Renata Senna, referindo-se a ela como a “que se diz filha de Renné”. A representante do MP pediu que ele se referisse a ela como filha, já que foi registrada no nome de Renné, mas o advogado de defesa se recusou, alegando que ela se recusa a se submeter ao exame de DNA. O juiz entendeu que é uma interpretação da defesa e permitiu que o advogado continue se referindo a ela como suposta filha. O magistrado acrescentou que a questão voltará a ser debatida mais adiante.
No primeiro julgamento – do qual a viúva foi inocentada -, o júri era formado por cinco homens e duas mulheres. Hoje, o júri é composto por cinco mulheres e dois homens.
Sentença anulada
Adriana foi inocentada em 2011, mas a sentença foi anulada em 2014 pelo Tribunal de Justiça. Isso porque o motorista Otávio dos Santos Pereira, genro do milionário, denunciou quebra de incomunicabilidade de dois jurados. Segundo o Código de Processo Penal, nesses casos, é decretada a nulidade do julgamento, já que os jurados não podem ter contato entre si, com testemunhas ou com o mundo exterior, para evitar que sejam influenciados. Eles teriam ido a um posto de gasolina em frente ao hotel.
Os executores, Anderson de Souza e Ednei Pereira, ambos ex-seguranças de Renné, e que teriam sido contratados por Adriana, foram condenados em 2009 a 18 anos de prisão.
O namoro
Ex-lavrador, Renné Senna começou o relacionamento com Adriana, 25 anos mas nova que ele, ainda em 2005, após ganhar os R$ 52 milhões. Segundo pessoas próximas a Renné, ele tentava se aproximar dela antes, mas só teve sucesso após conquistar o prêmio. E logo colocou a viúva em seu testamento como herdeira de metade de seus bens.
Com o relacionamento, Adriana abandonou o emprego de cabeleireira e foi morar com Renné em uma fazenda, avaliada na época em R$ 9 milhões.
A morte do milionário
No dia 7 de janeiro de 2007, Renné estava num bar perto de sua fazenda quando dois homens encapuzados chegaram numa moto. O garupa efetuou vários disparos, matando o milionário na hora. Renné, que havia perdido as duas pernas por complicações de diabetes, foi atingido na nuca, na têmbora esquerda, no olho e no queixo. Adriana foi acusada pela família da vítima de ser a mandante da execução.
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook