FOTOS IMAGENS-Carros de luxo são apreendidos em fraude que movimentou R$ 1,8 bilhão
Carros de luxo são apreendidos em fraude que movimentou R$ 1,8 bilhão
Operação ‘Adsumus’ cumpriu mandados de busca e condução coercitiva.
Segundo investigação, empresas de construção fraudavam licitações.
A 2ª fase da operação Adsumus, do Ministério Público do Estado da Bahia, apreendeu, nesta terça-feira (6), cinco veículos de luxo de investigados em esquema de fraudes em licitações, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação, as empresas do ramo de construção civil podem ter movimentado cerca de R$ 1,8 bilhão. Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em casas e empresas nas cidades Camaçari, Salvador e Lauro de Freitas.
O objetivo da segunda fase da operação é esclarecer as atuações dos oito alvos de mandados de condução coercitiva junto a empresas de construção civil, envolvidas em um esquema irregular de contratação de obras, locação de maquinário e realização de serviços públicos. Em julho, aprimeira fase da operação já havia afastado o vice-prefeito e o secretário de Administração da cidade de Santo Amaro. A fraude pode ter causado prejuízo de mais de R$ 24 milhões aos cofres do município, segundo o MP.
licitações (Foto: Divulgação / Polícia Rodoviária
Federal )
A ação desta terça-feira contou com apoio da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Entre os oito alvos de condução coercitiva, estavam cônjuges e integrantes da mesma família. Dois dos alvos da operação não foram localizados.
O promotor de Justiça João Paulo Santos disse que os conduzidos afirmaram, em depoimento, que se conhecem pouco. “Eles não fazem parte do quadro societário e os valores convergem para as contas deles”, diz. Segundo o promotor, não há previsão para futuros pedidos de prisão.
Seis dos mandados de busca foram cumpridos em empresas e três nas casas dos investigados. Além de carros, também foram apreendidas joias e uma quantia de dinheiro não informada.
De acordo com a investigação, o vice-prefeito e o secretário de Santo Amaro, afastados na primeira fase da operação, atuavam para beneficiar as empresas investigadas em licitações e contratos com a administração. “Foi configurado que o núcleo de empresas é de material de construção. Elas formavam grupo para lograr êxito nas licitações”, explica João Paulo.
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