Por G1 PB
Alexandre César mora sozinho em Campina Grande e na manhã desta sexta-feira (25) ele percebeu que o gás de cozinha da casa dele estava no fim. Ao procurar local para comprar ele teve dificuldade. “Por onde eu passava diziam que já tinha acabado”, disse ele, que quando encontrou em um estabelecimento, teve que desembolsar R$ 130 pelo produto e entrega.
Segundo o estudante de 23 anos, até o mês passado ele comprava o gás por R$ 55 a R$ 60 já com entrega. Desta vez, teve que pagar o dobro. “O gás estava pelo dobro do preço, R$ 110. E para a entrega eles compraram R$ 20, alegando falta de combustível. O normal pela entrega era R$ 5”, conta ele.
Diante da situação, o estudante não sabe dizer se teve sorte por encontrar o gás ou azar pelo preço que teve que pagar. Isso porque, as distribuidoras de Campina Grande estão sem o produto. A realidade também reflete em todo o estado, de acordo com a Associação do Gás da Paraíba.
“As distribuidoras estão sem estoque. Pela manhã, apenas uma ainda tinha algumas unidades em Campina Grande. O consumidor ainda pode encontrar o botijão com gás em estabelecimentos, que ainda tenham, mas deve ficar alerta ao preço”, disse o vice-presidente Neto Arruda.
O estudante informou também que já entrou em contato com uma advogada e pretende entrar com uma ação contra o estabelecimento pela prática do preço abusivo.
A falta de gás de cozinhas nas distribuidoras está ocorrendo por causa da paralisação de caminhoneiros nas rodovias do estado. Na Paraíba, o protesto está no quinto dia. Com as interdições nas rodovias os caminhões não estão conseguindo trafegar. Apenas carros de passeio e cargas vivas estão passando.