Um caso ocorrido nesta quarta-feira na pequena cidade de Jussiape, localizada na Chapada Diamantina, na Bahia, deixou a população em estado de choque. Pouco antes das 14h, um aluno de 15 anos do Colégio Estadual Horácio de Matos, no centro do município, invadiu a escola com um facão com o objetivo de matar a diretora, que havia chamado a sua atenção no dia anterior por conta de uma conduta imprópria. Ao tentar impedir a entrada do garoto na instituição, o porteiro do colégio foi atingido por golpes de facão na cabeça.
Os funcionários conseguiram trancar o adolescente em uma sala e acionaram a polícia, que o conduziu até a delegacia de Jussiape. Após os responsáveis assinarem um termo de responsabilidade, o rapaz foi liberado. No momento do ataque, a diretora ainda não havia chegado ao colégio. O porteiro, por sua vez, levou 15 pontos na cabeça em um hospital da região e foi liberado.
A diretora do colégio, Vera Oliveira de Assis, diz que está em estado de choque após o episódio. A professora conta que, na terça-feira, chamou a atenção do garoto e de um amigo porque levaram “bombas juninas” para o colégio. Ela disse aos dois que só poderiam entrar na escola no dia seguinte acompanhados dos responsáveis. O que a diretora não esperava era que o aluno fosse reagir tão mal após a conversa, pois, segundo ela, o jovem sempre foi muito tranquilo.
– Quando o rapaz invadiu a escola com o facão eu ainda não havia chegado porque, nesse dia, meu carro quebrou e tive que ir a pé. Após atacar o porteiro, ele foi direto para a direção e ficou sentado na minha cadeira me esperando. Os funcionários conseguiram trancá-lo lá dentro até a chegada da polícia. Fico imaginando o que poderia ter acontecido se estivesse na escola. Estou insegura, em estado de choque, e muito preocupada. Não temos segurança aqui. E se ele resolver me atacar novamente? – diz a professora, destacando que foi ela que acionou a polícia e os bombeiros após ser avisada do caso.
Segundo Vera, após atacar o porteiro, o garoto trancou o portão da escola. Quando os alunos viram o funcionário caído e ensanguentado, houve pânico e alguns estudantes tentaram pular o muro para fugir. Quando a polícia chegou, segundo a diretora, o portão de entrada teve que ser arrombado.
O delegado-titular da delegacia de Jussiape, Jackson Trindade, informou que foi feito um registro de lesão corporal contra o menino e que, após a assinatura do termo de responsabilidade pelos pais, foi liberado.