FOTOS IMAGENS-Agressores de ambulante no Metrô diziam ‘vamos matar’, diz travesti
avesti Raíssa, que aparece fugindo nas imagens do circuito de segurança da estação Pedro II do Metrô, disse que os dois homens que espancaram até a morte o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas diziam “vamos matar” enquanto a perseguiam. Ruas tentou defender a travesti e foi agredido. A polícia pediu a prisão preventiva dos dois suspeitos identificados como Alípio Rogério Belo dos Santos e Ricardo Nascimento Martins, que são primos, segundo o Jornal Nacional.
A estação Pedro II do Metrô fica no Centro de São Paulo, junto ao bairro do Brás. As cenas gravadas pelas câmeras de segurança começam com a perseguição a uma travesti, que passa por baixo da catraca, corre, seguida por rapazes com camiseta preta e bermuda branca.
Ela conseguiu escapar. Em seguida, quem aparece fugindo dos agressores é o vendedor ambulante. Ele cai e é espancado com socos e pontapés. Luiz Carlos Ruas morreu no hospital. Ele trabalhava há mais de 20 anos na saída de uma passarela para pedestres do lado de fora da estação.
Antes da agressão, um morador de rua, que também é homossexual, disse ter sido agredido pela dupla. “Não teve nada, ele já veio me socando”, disse o carroceiro José Vieira Filho.”É triste, triste de verdade. eu só tenho isso como um grande preconceito, grande raiva ao próximo, não tem outra explicação.”
O velório do ambulante será nesta terça-feira (27) no cemitério Vale da Paz, em Diadema. O sepultamento está marcado para 16h30.
O caso aconteceu na noite deste domingo (25). Fotos tiradas dentro da estação mostram o momento em que dois homens atacam o ambulante. Após a agressão, os homens ainda voltaram até a vítima, desacordada, e um dos suspeitos deu mais um soco na cabeça.
O delegado Oswaldo Nico Gonçalves disse à Globonews que os dois homens são primos, moram perto um do outro e beberam muito no dia de Natal. O delegado contou que um deles disse que estava muito aborrecido porque teve problemas com a mulher. No mesmo dia, um dos homens teria socado a porta da vizinha na vila em que os dois moram.
A vítima ainda tentou correr até a bilheteria do Metrô, mas foi atingido por vários golpes e caiu. A Polícia Civil informou que está investigando o caso por meio de um inquérito policial.
O delegado informou que a briga começou do lado de fora da estação do metrô e terminou já dentro do terminal. Segundo ele, as agressões começaram depois que o morador de rua, que segundo ele era uma travesti, chamou a atenção dos dois homens que urinavam na rua. A travesti teria sido agredida logo em seguida, sendo ajudada por um momento por outra travesti.
“O senhor Ruas, que é um vendedor ambulante, foi tentar ajudar as travestis, e foi massacrado covardemente até a morte. Uma cena triste, mas estamos trabalhando muito para poder prendê-los e coloca-los atrás das grades ainda hoje. Se não for hoje, vai ser amanhã, na véspera de ano novo…Mas não vamos descansar”, disse o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, que investiga o caso.
“A polícia apura possível envolvimento de um grupo de intolerância na autoria do crime”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
A esposa Maria Aparecida Cavalcante, conta que conversou com o marido 20 minutos antes das agressões. Chamada por Ivani para socorrer Luis Carlos, ela afirma que encontrou o vendedor caído e machucado. “Quando eu cheguei ele já estava no chão, todo deformado”.
Luiz Carlos foi socorrido por funcionários do metrô, mas não resistiu e morreu no hospital Municipal Vergueiro. O caso foi registrado no 78º Distrito Policial como homicídio qualificado, mas será encaminhado ao 5ºDP.
Em nota, o metrô confirmou o ataque e afirmou que os primeiros socorros foram prestados pelos agentes de segurança. “O Metrô colabora com a Autoridade Policial para o esclarecimento do crime.
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