Blog do Levany Júnior

FOTOS IMAGENS-Advogado não ameaçou matar filho ou tirar a própria vida, diz delegado

168454O advogado Adriano Benvindo Neri, apontado como autor da morte do filho de 3 anos e de se matar na noite de terça-feira (29), relatou tristeza e inconformismo com o fim do relacionamento entre ele e a ex-mulher. É o que confirma a Polícia Civil. A situação, na opinião da polícia, pode ter motivado a tragédia.

Emanuel AmaralMenino de três anos foi morto no apartamento do pai, no bairro do Tirol, em Natal

O titular da Delegacia de Homicídios, Fábio Rogério, explicou que a investigação ainda está em curso e que pessoas serão ouvidas amanhã (2) e no início da próxima semana. Segundo ele, mensagens trocadas entre ele e a ex-mulher mostravam que Adriano Benvindo estava inconformado com o fim do relacionamento e com saudade da convivência com a ex-mulher e o filho.

“Ele mostrou que queria manter a família com ela e com o menino. Disse que estava muito difícil sem ela e o filho. Isso mostra que ele estava realmente triste e inconformado com o fim da relação”, explicou o delegado Fábio Rogério, garantindo que a linha de investigação é de homicídio e suicídio.

Apesar das manifestações de tristeza por parte de Adriano Benvindo Neri, o delegado afirma que não há indícios de que o advogado tenha, em algum momento, ameaçado tirar a própria vida ou da criança.

“Ele só demonstrou a tristeza mesmo. Não teve ameaça alguma, pelo menos com base nas informações que temos até agora. Ainda vamos ouvir outras pessoas para entender o que realmente ocorreu”, disse o delegado.

O caso

O advogado Adriano Benvindo Neri, de 36 anos, e o filho, Felipe Furtado Neri, de 3 anos, foram encontrados mortos na manhã de ontem (30), no apartamento de Adriano, no bairro do Tirol, em Natal. O advogado estava com o filho após buscá-lo na escola, na terça-feira (29).

Os corpos foram encontrados depois que a mãe da criança não conseguiu o contato com Adriano Neri, que havia se comprometido a levar o menino de volta para a casa da mãe até o início da noite de terça-feira. Como não conseguiu o contato com o ex-marido, a mulher ligou para o plantão Judiciário e, com auxílio da polícia, foi até o imóvel na manhã de quarta-feira.

Ao chegarem ao local, por volta das 5h, os corpos foram encontrados em um quarto. A Polícia acredita que o advogado atirou duas vezes na criança e depois se matou com quatro disparos de revólver calibre 32.

Ainda não há a confirmação pericial, mas há indícios de que o garoto tenha sido asfixiado durante o crime. Além disso, o baixo calibre da arma permitiu que o advogado disparasse quatro vezes contra si mesmo, três tiros entre pescoço e queixo, e outro no peito esquerdo.

Os dois corpos já foram sepultados e o laudo da perícia criminal deverá ser finalizado nos próximos dias.

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