Os fiéis católicos participam nesta sexta-feira (18) a partir das 15h da celebração da Paixão e Morte de Cristo, seguida de procissão com a imagem do Senhor Morto, pelas ruas adjacentes à Catedral Metropolitana de Natal. A santa procissão que relembra o sofrimento e a morte de Jesus Cristo será conduzida pelo arcebispo de Natal, dom Jaime Vieira da Rocha. A caminhada, que é um dos principais destaques da programação da Páscoa, parte da catedral, pela avenida Deodoro da Fonseca, e segue pelas ruas Mossoró, Prudente de Morais e Rua Apodi, quando retorna para a catedral já no início da noite. No sábado (19),  os fiéis acompanham a Vigília pascal,  a partir das 20 horas.

Rayane MainaraPela manhã, celebração marcou a bênção dos Santos Óleos

Ontem (17), a Arquidiocese de Natal teve duas celebrações de destaque na Semana Santa, ambas celebradas na Catedral Metropolitana, no Centro da capital potiguar. A missa dos Santos Óleos, no início da manhã, marcou o fim da Quaresma, que teve início na Quarta-Feira de Cinzas. Já na segunda, a missa do Lava-Pés, foi celebrado o momento de comunhão entre Cristo e os apóstolos, na noite anterior à sua morte. 

O arcebispo Dom Jaime de Vieira Rocha esteve à frente das duas celebrações. Na primeira, fiéis de todas as idades lotaram a igreja, além de 150 padres e 36 diáconos da Arquidiocese de Natal. Vinda de Santa Cruz, a 111 km de Natal, Maria das Graças Varela, de 64 anos, não era a única do interior. Ela, que garante ser católica fiel e frequentadora  de missas todos os domingos, foi “agradecer a Deus pelo dom da vida”. 

Assim como Maria das Graças, Leonardo da Silva também veio do interior. Ele saiu de Arez, distante 58 km, com o tio para assistir a missa. “É nesta missa, todo ano, que os padres fazem as renovações dos votos que fizeram quando foram se ordenar”, disse o participante do grupo Juventude Com Cristo (JCC) há cinco anos.

O padre Elielson Casimiro, coordenador de Liturgia da Arquidiocese, explica que a missa dos Santos Óleos tem a missão de ressaltar a plenitude do sacerdócio, assim como seus colaboradores. Nela o arcebispo faz a bênção dos três óleos extravirgens de formas distintas, renovados anualmente, e com usos diferentes: o óleo do batismo, ou catecismo; o óleo do Crisma, ou da unção, usado na Crisma, na consagração das mãos dos presbíteros e usado também para benzer a cabeça dos bispos; e  o óleo da unção dos enfermos, usado para fiéis com enfermidades que representam risco de morte ou nos que estão em idade avançada.

Ao fim da missa, cada padre participante recebe três amostras, uma de cada óleo, e deve levar até sua paróquia, onde usará na bênção dos fiéis durante o ano. Já na missa de Lava-Pés, também chamada de missa da Ceia do Senhor, a Igreja Católica celebra o encontro entre Jesus e os 12 apóstolos, na última ceia, antes da crucificação.

No período da Quaresma, fiéis costumam utilizar costumam utilizar a cor roxa, como demonstração de penitência e transformação, nesse período voltado ao recolhimento. O padre  Elielson conta também que, no fim da tarde da Quinta-Feira Santa adota-se o branco representando a paz e a alegria. “Na Sexta-Feira da Paixão se usa o vermelho, lembrando o sangue de Cristo que foi derramado na sua morte. Essas cores são usadas durante o Tríduo Pascal, que termina entre o Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa”, contou.

Na continuação da programação religiosa voltada à Semana Santa, também haverá celebração às 17h na paróquia de Santo Afonso, no Mirassol; às 16h na paróquia de N. S. Aparecida, em Neópolis; às 15h na igreja São Pedro, no Alecrim; e às 16h na Santa Maria Mãe, em Santa Catarina.