Pelo menos cinco mulheres foram atacadas em um estupro coletivo na noite de domingo (8) na praça Tahrir, no Cairo, capital do Egito. Milhares de pessoas estavam reunidas no local para celebrar o início do mandato de Abdel Fattah al-Sissi, recém-eleito presidente.
Segundo o site BuzzFeed, em pelo menos três desses casos, as mulheres ficaram seriamente feridas e precisaram ser levadas para o hospital.
Heba Mohamed, que trabalha no grupo egípcio “Eu Vi um Abuso Sexual”, disse que a organização ainda está recolhendo dados sobre o que aconteceu durante o fim de semana e por enquanto desconhece o numero total de mulheres atacadas. “Infelizmente, estamos testemunhando agora outra onda de assédios sexuais”, declarou.
Ainda não se tem informações concretas sobre a autoria dos estupros — rapidamente se culpou a Irmandade Muçulmana, dizendo que os membros do grupo estariam querendo acabar com a felicidade da posse de Sissi ao atacar mulheres. Porém, sete pessoas já foram presas acusadas de ter alguma conexão com os estupros coletivos. Se provada a culpa, uma lei egípcia recente fará com que eles fiquem pelo menos seis meses na prisão.
Um vídeo divulgado na internet mostra um ataque brutal em detalhes, o que fez com vários meios de comunicação precisassem comentar o assunto. No vídeo, é possível ver uma mulher nua e sangrando sendo atacada por uma multidão de homens.
Algumas reações da imprensa egípcia foram bem questionáveis. Quando uma correspondente do canal Tahrir estava na praça reportando os casos de estupro, a âncora do jornal, Maha Bahnasy, começa a rir alto e diz que os “garotos estavam se divertindo”. A âncora foi extremamente criticada por trivializar ataques brutais a mulheres.
Fonte: R7