EXTREMOZ RN-Transtorno bipolar – Sintomas, Tratamentos e Causas


O que é Transtorno bipolar?

transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas “oscilações de humor” entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.

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O que é transtorno bipolar?

No transtorno Bipolar clássico sem tratamento cada fase dura, em geral, de três a seis meses, depois existe uma fase de normalidade que é variável e posteriormente uma fase de euforia que também pode durar de três a seis meses. Com tratamento adequado este período pode ser abreviado.

Fases do Transtorno Bipolar

Existe a crença de que o transtorno bipolar envolva apenas períodos de extrema alegria, seguidos por muita tristeza, porém, a verdade é que os episódios dentro do espectro podem apresentar características não tão simples de identificar:

Mania

A euforia (ou mania) é uma das fases do Transtorno Bipolar e caracteriza-se por um estado de exaltação do humor, com aumento de energia, sem qualquer relação com o momento que o indivíduo está vivendo. Nesse período do transtorno bipolar, o paciente não está deprimido e nem alegre por um motivo especial, mas apresenta humor eufórico, irritável ou mesmo jocoso ou arrogante. Mania de grandeza também é muito comum. Em geral, a mudança do comportamento na euforia é súbita, mas o indivíduo não percebe a sua alteração ou a atribui a algum fator do momento. O senso crítico e a capacidade de avaliação objetiva das situações ficam prejudicados ou ausentes, com explosões de raiva e fúria.

Hipomania

Uma outra fase que uma pessoa bipolar pode experimentar é a chamada hipomania, que seria um estado de mania mais leve e que traz menos prejuízo. Geralmente, a hipomania acarreta em um funcionamento acelerado, porém produtivo para o paciente. Muitos não identificam que estão em fase hipomaníaca, nivelando esse período como a fase eutímica. Esse ponto é importantíssimo, pois muitos pacientes, quando estão entrando em hipomania (podendo evoluir para a mania ou não) são resistentes quanto a manter o tratamento e muitas vezes param com a medicação, o que se torna um grande problema para estabilizar o transtorno.

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Depressão

As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de depressão. Existe a depressão bipolar tipo 1, que é intercalada com episódios de mania, e a tipo 2, na qual os episódios fora da depressão tem uma euforia um pouco menos intensa. Os sintomas apresentados na fase de depressão são os mesmos de um episódio depressivo: humor deprimido, falta de energia, falta de iniciativa e vontade, falta de prazer, alteração do sono, alteração do apetite, lentidão do pensamento, lentidão motora. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como: agitação, ocupação com diversas atividades, obsessão com determinados assuntos, aumento de impulsividade, aumento de energia, desatenção e hiperatividade. A pessoa com esse quadro geralmente acha que está bem e saudável.

Tipos

Transtorno bipolar tipo 2

Pacientes nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de depressão.

Transtorno bipolar tipo 1

Pacientes apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de depressão profunda. Antigamente, o transtorno bipolar do tipo 1 era chamado de depressão maníaca.

Ciclotimia

Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo apenas depressão.

Causas

A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que diversos fatores possam estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela doença, como:

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Peculiaridades biológicas

Pessoas com transtorno bipolar parecem apresentar diferenças físicas em seus cérebros, o que pode levar os cientistas a descobrirem as causas exatas da doença.

Neurotransmissores

Um desequilíbrio entre os neurotransmissores parece ser um importante fator nas causas do transtorno bipolar.

Hormônios

Desequilíbrio hormonal também está entre as possíveis causas.

Hereditariedade

Pessoas que tenham parentes com histórico de transtorno bipolar são mais suscetíveis à doença, o que leva muitos cientistas a acreditarem que a genética possa estar envolvida nas causas da doença.

Meio ambiente

Fatores exógenos, como estresse, abuso sexual e outras experiências traumáticas (como a morte de algum ente querido), também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do transtorno bipolar.

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Fatores de risco

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de transtorno bipolar. Confira:

  • Histórico familiar da doença
  • Estresse intenso
  • Uso e abuso de drogas recreativas e/ou álcool
  • Mudanças de vida e experiências traumáticas
  • Ter entre 15 e 25 anos.

Homens e mulheres possuem as mesmas chances de desenvolver a doença.

Sintomas

Sintomas de Transtorno bipolar

Os sintomas de transtorno bipolar depende do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Confira os principais sinais do transtorno bipolar:

Fase maníaca

  • Distrair-se facilmente
  • Redução da necessidade de sono
  • Capacidade de discernimento diminuída
  • Pouco controle do temperamento
  • Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas
  • Manter relações sexuais com muitos parceiros
  • Gastos excessivos
  • Hiperatividade
  • Aumento de energia
  • Pensamentos acelerados que se atropelam
  • Fala em excesso
  • Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades)
  • Grande envolvimento em atividades
  • Grande agitação ou irritação.

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A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos.

Fase depressiva

  • Desânimo diário ou tristeza
  • Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões
  • Perda de peso e perda de apetite
  • Comer excessivamente e ganho de peso
  • Fadiga ou falta de energia
  • Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado
  • Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas
  • Baixa autoestima
  • Pensamentos sobre morte e suicídio
  • Problemas para dormir ou excesso de sono
  • Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.

O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas.

Em alguns casos, as duas fases se sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso recebe o nome de estado misto.

As oscilações de humor podem ocorrer também de acordo com a estação do ano. Algumas pessoas, por exemplo, possuem picos de mania ou hipomania durante a primavera e o verão (estações mais quentes), e sintomas de depressão durante as estações mais frias, como o outono e o inverno. Para outras pessoas, acontece o oposto.

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As mudanças de humor podem acontecer com mais frequência em algumas pessoas, com oscilações acontecendo de quatro a cinco vezes por ano e, em alguns casos, até mesmo várias vezes ao dia.

Episódios de mania e depressão podem resultar também em psicose, doença em que há perda de contato com a realidade.

Transtorno bipolar começa na adolescência

O transtorno bipolar começa tipicamente na adolescência ou início da idade adulta e continua ao longo da vida. Muitas vezes não é reconhecido como uma doença e os pacientes podem sofrer por anos ou décadas sem o diagnóstico.

O transtorno bipolar é muitas vezes difícil de identificar e diagnosticar. Uma razão é a hipomania, que é um sinal precoce da doença. A hipomania pode levar a pessoa a ter um alto nível de energia, pensamentos grandiosos ou ideias e comportamentos impulsivos. Estes sintomas podem até fazer a pessoa se sentir bem de alguma forma, levando a uma negação da existência de um problema. Outra razão para a falta de reconhecimento é que o transtorno bipolar pode aparecer com sintoma de outras doenças ou pode ocorrer em paralelo com outros problemas, como abuso de substâncias, problemas de comportamento irregular na escola ou em seu local de trabalho.

Diferença entre transtorno bipolar e oscilação de humor comum

É importante salientar que humor linear, totalmente equilibrado (eutímico) é algo que quase ninguém tem. Todos podem apresentar oscilações no estado de humor devido a fatores externos e até a fatores de ordem interna (como a TPM nas mulheres). Entretanto essas oscilações não configuram necessariamente em um quadro de bipolaridade. É possível acordar bem e, ao final da tarde, estar de mau humor. Essa oscilação ao longo de um dia não é transtorno bipolar.

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O conceito de bipolaridade consiste na permanência no estado de euforia ou sintomas depressivos por um período superior a três semanas e de forma constante e progressiva, o que não raro pode levar à uma internação para tratamento.

Diagnóstico e Exames

Buscando ajuda médica

Vá acompanhado de um parente, amigo ou pessoa de confiança. A ajuda médica é importante para garantir a qualidade de vida de uma pessoa com transtorno bipolar. É perfeitamente possível ter uma vida normal mesmo tendo a doença. O tratamento, no entanto, é indispensável e deve ser seguido à risca.

Mas antes, para facilitar o diagnóstico, anote todos os seus sintomas e descreva-os ao médico em detalhes. A conversa com um especialista é primordial para que este possa realizar o diagnóstico. Tire todas as suas dúvidas sobre seus sintomas e as possíveis causas, siga à risca as orientações médicas e saiba responder corretamente as perguntas que poderão lhe ser feitas. Veja exemplos:

  • Quando você começou a sentir sintomas de depressão e mania/euforia?
  • Com que frequência você sofre de oscilações de humor?
  • Você já pensou em suicídio?
  • Qual a intensidade de seus sintomas? Eles são ocasionais ou frequentes?
  • Seus sintomas inferem na sua qualidade de vida, em suas atividades diárias, no trabalho ou em seus relacionamentos?
  • Há histórico de transtorno bipolar em sua família?
  • Você faz uso de drogas recreativas, álcool ou cigarros?
  • Quantas horas você costuma dormir à noite?
  • Você passou por alguma experiência traumática recentemente?
  • Houve alguma mudança significativa em sua vida recentemente?

Na consulta médica

Procure imediatamente por auxílio médico se:

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  • Você estiver tendo pensamentos de morte ou suicídio
  • Você apresentar sintomas graves de depressão ou mania
  • Você tiver sido diagnosticado com transtorno bipolar e seus sintomas tiverem voltado ou você apresentar novos sintomas

Tenha em mente que transtorno bipolar não desaparece sozinho e que o tratamento é imprescindível para garantir a qualidade de vida do paciente e levá-lo à recuperação.

Diagnóstico de Transtorno bipolar

Quando há suspeita de transtorno bipolar, os médicos geralmente recomendam uma série de exames e testes, que poderão confirmar o diagnóstico por meio da eliminação de possíveis outras causas. Além disso, os exames poderão identificar possíveis complicações decorrentes da doença.

O caminho para o diagnóstico geralmente começa com um exame físico e testes laboratoriais, com exames de urina e de sangue. Depois, o paciente é encaminhado para uma análise psicológica. O médico observará por algum tempo o padrão de comportamento do paciente, bem como suas possíveis alterações de humor.

Se houver suspeita de que outras doenças possam estar causando os sintomas descritos pelo paciente, o médico deverá solicitar a realização de exames específicos, mas estes costumam depender de pessoa para pessoa.

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Uma conversa sobre o histórico médico do paciente e de sua família também podem ajudar a confirmar o diagnóstico.

Tratamento e Cuidados

Tratamento de Transtorno bipolar

O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. Ele costuma ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. A equipe médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento.

Confira algumas formas comuns de tratamento do transtorno bipolar:

  • Hospitalização, caso o paciente tenha comportamento perigosos, que ameace a própria vida e a de outras pessoas
  • Uso diário de medicamentos para controle das alterações de humor costuma ser uma prática bastante indicada no início do tratamento
  • Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente estáveis
  • Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também deverá também reabilitar o paciente desses vícios.

Mas atenção: os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento. Os principais objetivos da terapia para transtorno bipolar são:

  • Evitar a alternância entre as fases
  • Evitar a necessidade de hospitalização
  • Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios
  • Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio
  • Reduzir a gravidade e a frequência dos episódios

A psicoterapia é uma outra parte vital do tratamento de transtorno bipolar. Neste sentido, vários tipos de terapia podem ser úteis. Estes incluem:

  • Terapia cognitiva comportamental
  • Psicopedagogia
  • Terapia familiar.

Medicamentos

Medicamentos antipsicóticos e antiansiedade para problemas de humor costumam ser prescritos pelos médicos, bem como remédios antidepressivos. As pessoas com transtorno bipolar têm mais chance de apresentar episódios maníacos ou hipomaníacos se tomarem antidepressivos. Por essa razão, os antidepressivos só são receitados para as pessoas que também estão tomando um estabilizador de humor.

Terapia eletroconvulsiva

A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos. A TEC usa uma corrente elétrica para causar uma breve convulsão enquanto o paciente está anestesiado. A TEC é o tratamento mais eficaz no caso das depressões que não são amenizadas com medicamentos.

Tratando crianças e adolescentes

Para crianças e adolescentes com transtorno bipolar são prescritos os mesmos tipos de medicamentos utilizados em adultos. No entanto, ainda há pouca pesquisa sobre a segurança e eficácia dos medicamentos para transtorno bipolar em crianças. Os tratamentos são geralmente decididos analisando caso por caso, dependendo dos sintomas, dos efeitos colaterais dos medicamentos e de outros fatores. Assim como acontece com os adultos, a ECT pode ser uma opção para os adolescentes com sintomas de transtorno bipolar 1 graves ou para os quais os medicamentos não demonstram eficácia. A maioria das crianças diagnosticadas com transtorno bipolar necessitam de aconselhamento como parte do tratamento inicial, para evitar a recorrência dos sintomas.

Psicoterapia, juntamente com um trabalho dos pais e professores, podem ajudar as crianças a desenvolver e resolver problemas sociais. A psicoterapia também pode ajudar a fortalecer os laços familiares e de comunicação entre os membros da família com a criança ou adolescente. Ela também pode ser necessária para resolver problemas de abuso de substâncias, como drogas e álcool, comum em adolescentes mais velhos com transtorno bipolar.

Medicamentos para Transtorno bipolar

Os medicamentos mais usados para tratar os sintomas de transtorno bipolar são:

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Convivendo (prognóstico)

Convivendo/ Prognóstico

O paciente com transtorno bipolar provavelmente vai precisar fazer muitas mudanças de estilo de vida para parar com as oscilações de comportamento. Aqui estão algumas medidas que devem ser tomadas e que ajudarão a acelerar a recuperação e tornarão o prognóstico mais tolerável:

Largue vícios

Pare de beber ou de usar drogas, mesmo que seja somente para uso recreativo. Uma preocupação com o transtorno bipolar são as consequências negativas de comportamentos de risco e abuso de drogas ou álcool. Obtenha ajuda se você tiver problemas para sair por conta própria.

Relacione-se com pessoas positivas

Fique longe de relacionamentos que não sejam saudáveis e que não lhe façam bem. Cerque-se de pessoas que são uma influência positiva e evite aquelas que incentivam maus comportamentos ou atitudes que possam agravar os sintomas de transtorno bipolar.

Faça exercícios físicos regularmente

A atividade física regular e moderada pode ajudar a estabilizar o seu humor. Trabalhar fora de casa libera substâncias químicas no cérebro chamadas endorfinas que fazem você se sentir bem e que podem ajudar a dormir, além de trazerem uma série de outros benefícios. Verifique com seu médico e personal trainer antes de iniciar qualquer plano de exercícios, especialmente se você está tomando alguns medicamentos. A atividade física é importante, mas não pode interferir no uso de remédios indispensáveis para o transtorno bipolar.

Durma bem

Dormir o suficiente é essencial para controlar as oscilações de humor. Se você tiver problemas para dormir, fale com o seu médico sobre o que você pode fazer a respeito.

Formas da família e dos amigos ajudarem

É importante que não exista qualquer discriminação ou rótulo do tipo: “você é doente”, “você é um bipolar”, “não dá para confiar, pois nunca sabemos quando vai adoecer” e outras observações negativas nestes sentido.

Os cuidados básicos são conduzi-lo a uma vida normal, sendo suporte nos períodos de crise ou de surto e ajudando na reinserção social logo que a crise seja controlada. Estarem atentos aos possíveis “gatilhos” desencadeadores de crises e, através de um diálogo construtivo, fazer com que o próprio paciente enxergue isto sem qualquer vergonha. Acompanhá-lo e incentivá-lo a um tratamento seguro e eficaz.

A família deve se lembrar de pedir apoio também ao profissional que cuida de seu familiar, que poderá orientá-los melhor com todas as dúvidas ou incertezas. Além disso, a ciência tem evoluído bastante e contamos com novos agentes terapêuticos que já conseguem dar um nível e qualidade de vida muito bom aos portadores do transtorno bipolar que efetivamente se tratam e tem a compreensão e o apoio familiar.

Complicações possíveis

Se não for tratado, transtorno bipolar pode levar a complicações graves, como:

  • Dependência física, química e psíquica de substâncias como álcool, cigarro e drogas
  • Problemas legais e com a justiça
  • Problemas financeiros
  • Problemas e tensões em relacionamentos e outras relações pessoais
  • Isolamento e solidão
  • Problemas profissionais e fraco desempenho no trabalho, na escola e nos estudos em geral
  • Suicídio.

Transtorno bipolar tem cura?

Os medicamentos estabilizadores de humor podem ajudar a controlar os sintomas do transtorno bipolar. Entretanto, os pacientes geralmente precisam de ajuda e apoio para tomar os medicamentos corretamente e garantir que os episódios de mania e depressão sejam tratados o mais rápido possível.

Algumas pessoas param de tomar o medicamento assim que se sentem melhores ou porque a mania traz uma sensação boa. Parar de tomar o medicamento pode causar problemas sérios.

O suicídio é um risco real durante a mania e a depressão. Pessoas com transtorno bipolar que pensam ou falam sobre suicídio precisam de atendimento médico de emergência.

Referências

Sociedade Brasileira de Psiquiatria

Gabriela Tizeli, psicóloga com pós-graduação na PUCRS: mestrado em Neurociências e Ciências da Saúde

Carlos César Petruy, psicólogo pela Faculdade Evangélica do Paraná

Persio Ribeiro Gomes de Deus, psiquiatra credenciado pelo Hospital Albert Einstein, pesquisador na área de Neurociências pelo MackPesquisas e pelo CNPQ

Evelyn Vinocur, psiquiatra com título de Especialista em Psiquiatria e Especialista em Psiquiatria (UERJ) e mestre em Neuropsiquiatra (UFF)

Mario Louzã, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg (Alemanha)

Jessye Cantini, psicóloga e mestre em Saúde Mental (Instituto de Psiquiatria/UFRJ), especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental (CPAF-RJ/AVM)

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