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EXTREMOZ RN-Kassab está destruindo o sistema de inovação e metrologia do país, por Luis Nassif

 o sistema de inovação e metrologia do país, por Luis Nassif

Kassab está destruindo o sistema de inovação e metrologia do país, por Luis Nassif

 

Luis Nassif

Duas das mais relevantes instituições brasileiras, na área de tecnologia, estão sendo destruídas pela organização criminosa alçada ao poder: a CEITEC e o Inmetro. E esse crime contra o futuro está sendo aceito passivamente pelas duas organizações que garantiram a ascensão desse grupo ao poder: mídia e Ministério Público.

CEITEC

A CEITEC começou suas operações em 2011, sendo incumbida de fabricar semicondutores brasileiros. A fábrica foi instalada no Rio Grande do Sul e encara como empresa estratégica.

Durante os Governos Dilma Rousseff a empresa foi protegida de nomeações eminentemente políticas, apesar de tentativas de várias correntes partidárias de indicarem correligionários para lá, inclusive do PMDB (leia-se Eliseu Padilha).

Assim que mudou o governo e o Ministério da Ciência e Tecnologia foi assumido por Gilberto Kassab, começou o desmonte. O comando da CEITEC foi entregue ao seu correligionário do PSD gaúcho, Darlei de Deus Hinterholz, ex-goleiro do Grêmio.

Totalmente jejuno em temas tecnológicos, Darlei levou dois meses para encontrar alguém nomeáveis para a presidência da empresa. Apelou então para os profundos conhecimentos de seu chefe de gabinete, o Joca, que tinha socirdade como uma pequena firma de informática de um certo professora da Universidade Federal de Santa Catarina, de nome Paulo de Tarso Mendes Luna.

Em setembro de 2016 Paulo Luna tomou posse da presidência da CEITEC, substituindo uma das maiores autoridades em semicondutores do país, Marcelo Lubaszewski. Mais um mês para tomar pé e começam as mudanças para acomodar a turma do deputado.

O Ministro Eliseu Padilha emplacou o diretor mais poderoso, após o presidente: Luiz Fernando Salvatore Zacchia, que já foi preso devido a irregularidades que cometeu à frente do DETRAN gaúcho no governo Yeda Crusius.

A tal Lei das Estatais, anunciada com alarde pelo governo Temer, assim que assumiu, foi substituída pela lei Eliseu Padilha.

Com os dois cargos principais sob controle, o aparelhamento foi rápido. Paulo Luna já enfiou no CEITEC quase trinta pessoas, de “soldados rasos” (Salários de R$ 8 mil) a alto comando: dois superintendentes técnicos, com salários de R$ 31 mil por mês e outros, na faixa de R$ 15 mil.

Curiosamente, o deputado goleiro votou duas vezes contra o presidente Michel Temer, nas duas denúncias.

Esse quadro dantesco é de responsabilidade do Ministro Kassab, que assumiu um mega ministério, decorrente da fusão de dois Ministérios, com 29 estatais sob sua guarda.

O Inmetro

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia) é peça chave em todo processo de normatização do país. Cabe a ele aferir de postos de gasolina a balanças industriais, de produtos de exportação a brinquedos.

Nos últimos anos, foi submetido a um esvaziamento. Agora, o novo presidente Carlos Augusto de Azevedo, também indicado por Kassab, envolveu-se em operações suspeitas. Em julho, a Controladoria Geral da União (CGU) identificou irregularidades na contratação de terceirizados. Com uma empresa do setor de limpeza e manutenção, a Cardeal Gestão Empresarial de Serviços, assinou um acordo no valor de R$ 3,3 milhões, sem justificativa.

Internamente, fiscais do Inmetro estão reduzindo a assinar contratações de terceirizados, por suspeitas de irregularidade, segundo o boletim Relatório Reservado.

No próximo ano, grande parte dos 40 laboratórios do Inmetro serão submetidos à avalaição quadrienal do Bureau International de Poids et Mesures (BIPM). Há grande possibilidade de que, nessa fiscallização, seja constatado o colapso do sistema de rastreabilidade dos padrões brasileiros de pesos e medidas.

Se o diagnóstico for de “não conformidade” para o Inmetro, comprometerá todo o sistema de exportaçlões brasileiro, de manufaturados ao agronegócio. O laudo do BIPM é a lei para os 58 países que integram o Bureau.

Segundo fontes ouvidas pelo boletim, “dos mais de 3,5 mil serviços prestados pela Inmetro, aproximadamente dois mil estão suspensos. No Laboratório de Metrologia Óptica, várias atividades foram paralisadas pela proliferação de fungos nas lentes. O Laboratório de Elétrica tem diversos medidores fora de uso. Mais grave ainda é a situação do Laboratório de Massas, que dá rastreabilidade aos padrões de referência nacionais. Vários serviços de medição tiveram de ser suspensos por conta da elevada umidade no local”.

O Inmetro é uma autarquia que cobra por seus serviços. Este ano, deverá faturar R$ 1 bilhão. Mas sua dotação orçamentária não passa de R$ 400 milhões, que estão sendo alvos de ataques por parte dos políticos.

 

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