Estudante afirma ter sido estuprada por três PMs dentro de viatura em Ponta Negra
Uma estudante de 18 anos procurou a Polícia Civil, no dia 25 de junho, a madrugada de uma segunda-feira, e relatou ter sido estuprada por três policiais militares, dentro de uma viatura, no bairro de Ponta Negra. A jovem estava em via pública no local conhecido como Rua do Salsa, quando teria sido abordada pelos PMs.
De acordo com o relato, ela estava acompanhada de um turista uruguaio, comemorando a vitória da seleção do Uruguai em Natal, pela Copa do Mundo. Os policiais fizeram um “baculejo [revista] no uruguaio e o mandaram embora. E que após isso lhe obrigaram a entrar na viatura, em seguida, alegaram que havia ‘pó’ em seu nariz e, então, lhe forçaram a fazer sexo oral nos três. Não satisfeitos, passaram a estuprá-la”, consta no Boletim de Ocorrência.
O caso foi registrado na Delegacia de Plantão da Zona Sul, por volta das 4h. Diante da suspeita de estupro, a estudante foi levada para o Instituto Técnico-Científico de Polícia, onde realizou exames, cujo procedimento tem número 0502.3406.14. Com isso, o Boletim foi repassado para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, que agora aguarda o resultado do laudo do ITEP para a constatação do estupro.
Ainda segundo a vítima, os policiais também teriam praticado agressão física e ainda roubado a quantia de R$ 30. Os policiais civis que atenderam a jovem no dia do suposto estupro relataram que a moça estava em estado de choque e bastante nervosa, por isso, ela não soube apresentar detalhes que pudessem identificar os possíveis agressores.
A reportagem conversou com o comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva. Ele explicou que a Instituição não foi procurada pela mulher e que orienta que ela faça isso, caso realmente tenha sido vítima do crime.
“Assim como ela procurou a Polícia Civil, é importante que faça a denúncia à própria PM e à Corregedoria, para que também possa ser investigado. O que podemos dizer é que a Instituição Polícia Militar não tolera nenhum tipo de crime, muito menos de uma gravidade dessas. Mas, primeiro, é preciso saber se realmente houve, identificar os responsáveis, investigar e então punir”, afirma.
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