Equipes de resgate retomam buscas em área de queda de avião na França
25/03/2015 04h36 – Atualizado em 25/03/2015 06h10
Equipes de resgate retomam buscas em área de queda de avião na França
Airbus A320 ia de Barcelona, na Espanha, para Düsseldorf, na Alemanha.
Avião caiu nos Alpes e não há sobreviventes, afirma o governo francês.
Equipes de resgate retomaram, nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (25), o trabalho de busca por vítimas em meio aos destroços do avião da companhia aérea alemã Germanwings, que caiu na terça (24) nos Alpes franceses. Nevou muito durante a madrugada na região onde a aeronave caiu.
O movimento de veículos por terra se intensificou a partir das 7h (horário local, 3h de Brasília) logo assim que saiu o sol na cidade de Seyne-les-Alpes, a poucos quilômetros do local do acidente e onde se concentram os serviços de resgate.
O QUE SE SABE ATÉ AGORA:
– Um avião Airbus A320, da companhia Germanwings, caiu na manhã desta terça-feira (24), no sul da França;
– O voo 4U9525 fazia a rota Barcelona, na Espanha, a Düsseldorf, na Alemanha;
– O avião decolou com meia hora de atraso, mas a companhia ainda não sabe informar o motivo;
– A aeronave levava 144 passageiros, 2 pilotos e 4 tripulantes;
– Não há sobreviventes, disse o governo francês;
– A aeronave decolou às 9h55 locais (5h55 de Brasília);
– Segundo a empresa, a queda durou oito minutos;
– Destroços foram localizados em uma região de 2 mil metros de altitude;
– Segundo o ministro do Interior francês, uma caixa-preta do avião foi encontrada;
– A Direção Geral de Aviação Civil da França negou que um pedido de socorro teria sido emitido pelo avião antes da queda;
– A aeronave passou por manutenção de rotina um dia antes do acidente;
– Ainda não se sabe o que causou o desastre.
O início dos sobrevoos dos helicópteros encarregados de transportar os investigadores ao local exato da queda, de acesso impossível por estrada, começou pouco depois, às 8h (4h de Brasília).
As equipes de buscas quase não abrigam esperanças de encontrar com vida algum dos 150 ocupantes do avião, seis deles integrantes da tripulação.
As autoridades tentarão criar um caminho rumo ao lugar onde se encontram, quase pulverizados, os destroços do Airbus A320 e que durante a noite permaneceu vigiado por cinco agentes.
Embora as nuvens estejam altas, o que facilita o voo dos helicópteros, é possível que chova e que haja vento ao longo do dia, segundo os serviços meteorológicos.
As autoridades francesas organizaram um grande esquema em Seyne-les-Alpes para receber os familiares das vítimas que queiram chegar até o local.
A previsão é que também cheguem ali na primeira hora da tarde o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.
Contato perdido
O contato com os pilotos do avião se perdeu às 10h31 (horário local, 6h31 de Brasília), 20 minutos antes da queda, informou a ministra de Ecologia da França, Ségolène Royal.
A torre de controle da cidade francesa de Aix-en-Provence, no sul do país, pôde falar pela última vez com a cabine às 10h30 (6h30 de Brasília), em um momento em que o avião se encontrava a 11.400 metros de altitude.
Os controladores, como afirmou Royal na emissora “RMC”, indicaram aos pilotos que mantivessem esse nível de voo e que se pusessem em contato com a torre posteriormente, e receberam a confirmação da cabine.
Um minuto depois, no entanto, o avião começou a descer sem autorização, e os pilotos, segundo a ministra, não responderam aos chamados dos controladores quando estes lhes perguntaram pela perda de altura.
Às 10h40 (6h40 de Brasília), o avião, a 2.000 metros de altitude, desapareceu dos radares, e nove minutos depois helicópteros do pelotão de alta montanha da cidade de Jausiers, um caça Mirage 2000 e um avião de provisão decolaram em sua procura.
Caixa-preta danificada
O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, informou tanmbém nesta quarta que a caixa-preta encontrada até agora está danificada. No entanto, ele disse que o equipamento pode ser analisado por especialistas e já foi enviado ao Escritório de Investigação e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em inglês), cuja sede fica em Paris.
O avião Airbus da companhia Germanwings, empresa da Lufthansa, caiu no sul da França na terça. A aeronave ia de Barcelona, na Espanha, para Düsseldorf, na Alemanha. O voo 4U9525 viajava com 150 pessoas a bordo – 144 passageiros, dois pilotos e quatro tripulantes.
Logo após a notícia do acidente, o Ministério do Interior francês informou que destroços foram localizados em uma região de 2 mil metros de altitude.
Um helicóptero que pousou no local constatou que não havia sobreviventes, disse o primeiro-ministro da França, Manuel Valls.
Pouco antes da confirmação, o presidente francês, François Hollande, já havia comentado que eram poucas as chances de ter sobreviventes.
“Havia 148 pessoas a bordo [número posteriormente confirmado para 150] e as condições do acidente, que ainda precisam ser determinadas com precisão, sugerem que não haveria sobreviventes”, disse Hollande.
Em seu perfil do Twitter, o presidente da França expressou “solidariedade às famílias das vítimas” e disse que a queda do avião é uma “tragédia”.
Atraso
O voo decolou de Barcelona com 30 minutos de atraso. Questionada sobre o motivo, a vice-presidente da Lufthansa, Heike Birlenbach, disse ainda não ter informação a respeito.
Em entrevista coletiva, uma porta-voz da companhia disse que, a princípio, a empresa não pode dar nenhum motivo para a queda e que não irá comentar especulações sobre a tragédia.
A Germawings afirmou que o piloto voava pela empresa havia dez anos e que o avião foi verificado por técnicos, em uma manutenção de rotina, um dia antes do voo.
O ministro de Interior francês, Bernard Cazeneuve, confirmou que uma das caixas-pretas do avião foi encontrada. Esse instrumento registra as informações do voo e pode dar indicações sobre a causa do acidente.
“A caixa-preta estará sujeita a uso imediato nas próximas horas para permitir que a investigação se mova rapidamente”, disse Cazeneuve. “Foram tomadas medidas para garantir a segurança na zona de queda para a investigação a ser realizada nas melhores condições”.
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