O deputado estadual Raimundo Fernandes (PROS) confirmou, em entrevista ao Jornal de Hoje, a aliança política entre o presidente nacional do DEM, senador José Agripino, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduadro Eduardo Alves (PMDB), e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB). Ele disse que a aliança em torno da candidatura de Henrique a governador “é boa”, por contar justamente com as presenças de José Agripino, do ministro da Previdência e ex-governador Garibaldi Filho (PMDB), e da ex-governadora Wilma de Faria, que disputará o Senado.
Raimundo Fernandes é o primeiro político a confirmar a aliança de José Agripino no chamado chapão. Em que pesem as sinalizações de José Agripino, no sentido de apoiar Henrique e Wilma, em nenhum momento o líder do Democratas foi taxativo quanto a esta aliança. Os próprios deputados do DEM, Felipe Maia, Getúlio Rego, José Adécio e Leonardo Nogueira, não admitem publicamente a aliança com Henrique. Tampouco a principal detentora de cargo do DEM no Estado, a governadora Rosalba Ciarlini, que esperaria o apoio do partido para se candidatar à reeleição.
“Nossa candidatura é a de Henrique. A aliança é grande, só precisa ter os votos. Acho que tem. Sempre teve (risos)”, afirmou Raimundo Fernandes, ao ser abordado por O Jornal de Hoje. “É boa a aliança. Com Wilma, Zé Agripino, Garibaldi, é de lascar”, disse, antes de defender o que considerou o legado dos ex-governadores do Rio Grande do Norte, Agripino, Garibaldi e Wilma. “Consertaram muita coisa. Antes se andava de estrada de barro; hoje é asfalto. Antes tinha lamparina; agora energia. Que não consertou”, disse, respondendo aos que criticam “40 anos de atraso no RN”.
Segundo Raimundo Fernandes, inexiste rejeição do eleitorado a Henrique Alves, conforme apontam políticos do interior e da capital. O que falta, segundo ele, é “conversa”. “Tem é falta de conversa, mas rejeição não tem não”, disse.
IMPEACHMENT
Quanto ao impeachment de Rosalba, Fernandes afirmou que tomará a posição “que Ricardo disser”, ao se referir ao líder do seu partido, Ricardo Motta, também presidente da Assembleia Legislativa. “O PROS vai ouvir Ricardo”, salientou, dizendo-se, ainda, sobre o impeachment, “a favor do presidente da Casa, de quem sou liderado”.