Criação de vagas alcança o menor nível desde 1999
A explicação do ministro Manoel Dias (Trabalho) para o resultado nacionalmente foi a realização do carnaval, que neste ano foi integralmente em março, e o fim do verão. Segundo ele, os eventos levaram a um aumento das contratações em fevereiro, quando o saldo foi de 283 919 contratações. “O comércio terminou uma temporada de verão onde houve muitas viagens, consumo. As festas de fim de ano e de verão tiveram o final da sua grande temporada, o que gerou o desemprego que nós tivemos”, afirmou.
O resultado ficou abaixo da expectativa de mercado, conforme apontou pesquisa da Agência Estado com 14 instituições financeiras, que esperavam de 50 mil a 178 mil vagas no saldo líquido de março. Apesar do resultado, Dias manteve a meta do governo de atingir 1,5 milhão de vagas criadas até o final do ano.
“Se você pegar o acumulado do ano, vai ver que em 2014 nós geramos 344.984 novos postos de trabalho. No mesmo período de 2013 foram gerados 306.068 mil. Então, o que vale é o total, onde tivemos um acréscimo de 14% neste ano em relação aos números do ano passado”, comparou. Em 12 meses, o número de vagas criadas soma 1.027.406., incluindo na conta o saldo negativo de 508.491 postos de trabalho fechados em dezembro de 2013.
Copa
A expectativa do governo é de que os preparativos e a realização da Copa do Mundo entre junho e julho gere 175 mil empregos formais. “Estamos iniciando agora o processo de construção e montagens das ações que vão ser desenvolvidas e os serviços, que estão contratando trabalhadores, para a Copa”, disse.
Mas o número não deve entrar na conta do 1,5 milhão que o MTE mantém como meta para o ano. “A contratação (da Copa) é excepcional. Ela fica fora daquela que já temos, que deve gerar no decorrer deste ano em torno de 1,5 milhão de novos postos de trabalho”, disse o ministro. Apesar disso, Dias indicou que parte das vagas temporárias devem se tornar efetivas.
“Normalmente quando se contrata um número tão grande e na medida em que as pessoas se adaptam àquele tipo de trabalho, elas ficam (no emprego), porque vivemos um período de pleno emprego. Aquele que demonstrar qualidade para o exercício de funções certamente vai continuar”, avaliou.
A construção civil registrou o terceiro pior saldo entre os segmentos que mais demitiram em março. A construção demitiu 2.231 trabalhadores no mês, com base na diferença entre contratações e admissões. O setor ficou atrás apenas do comércio (saldo de 26.251 demissões) e agricultura (5.314 cortes).
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