A rotina de arrastões a estabelecimentos comerciais em Natal continuou durante o último final de semana. Neste domingo (3), por volta das 22h30, o bar O Beco, localizado na Rua José Mauro de Vasconcelos, no bairro de Capim Macio, foi o “premiado”.

De acordo com a proprietária do estabelecimento, Nivia Dias, quatro homens participaram da ação criminosa. “Três deles entraram e já foram logo pedindo os pertences dos nossos clientes. Um terceiro ficou do lado de fora, dando cobertura. A ação foi toda muito rápida. Um deles parecia até estar drogado. Eles foram bem agressivos, mas não chegaram a bater em ninguém, graças a Deus”.

No momento da ação 15 pessoas estavam no bar. Os suspeitos levaram celulares, carteiras, relógios, dinheiro e um carro que pertencia a um dos clientes. “Por instinto, quando eu percebi que ação dos criminosos, eu escondi os meus pertences. Não quero nem pensar o que poderia ter acontecido se eles tivessem me revistado. Provavelmente eu não estaria aqui falando com você”, afirmou Nivia.

Pelos registros das últimas semanas, Capim Macio tem sido um dos alvos preferidos dos assaltantes. No último dia 8 de julho, por exemplo, um bar também localizado na Rua José Mauro de Vasconcelos foi assaltado. Por volta das 21h, quatro homens fortemente armados invadiram o local. De acordo com informações da Polícia Militar, os assaltantes ficaram aproximadamente 20 minutos no estabelecimento e o tempo inteiro ameaçando as pessoas, inclusive dois clientes foram agredidos. Depois de recolherem objetos pessoais de todos que estavam no local, o bando fugiu no carro de um dos clientes em direção ao bairro de Mãe Luiza. Como as ações foram parecidas, a polícia avalia a possibilidade de que a mesma quadrilha tenha feito os dois arrastões.

“A sensação de impunidade é muito grande. O medo que fica é muito grande também. Além de tudo, também tivemos o prejuízo financeiro. As pessoas ficam com medo de voltar e ontem ninguém pagou a conta, pois ninguém tinha dinheiro. Felizmente muitos eram amigos e estamos na expectativa de que eles voltem para pagar. Hoje tinha um monte de contas para pagar e não tinha dinheiro, pois não apuramos nada na noite de ontem”, lamentou Nivia. A proprietária do bar ainda disse que pretende discutir com os moradores da região a possibilidade de tomar alguma atitude para tentar diminuir a violência.

“Nós temos esse bar há um ano e meio e no ano passado nós chamamos alguns moradores e empresários do local para tentarmos melhorar a segurança. Infelizmente ninguém se movimentou naquela época. Agora, com essa sequência de arrastões, esperamos que essa ideia agora seja posta em prática. Capim Macio é um bairro de classe média alta, que pode fazer