Globo, 30
Em reunião de diretoria, a Petrobras decidiu proibir novos contratos com 23 empresas que estão envolvidas na Operação Lava-Jato.
Na lista, estão algumas das maiores construtoras do país, como Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS, UTC, Mendes Junior, entre outras.
Elas estão proibidas de participar de licitações futuras da companhia.
Esta proibição não tem prazo de validade.
O comunicado não trata dos contratos em vigor.
Segundo uma fonte da Petrobras, dependendo do resultado das análises, cada empresa poderá ser punida de forma diferente, sendo proibida, por exemplo, de participar de licitações durante um certo período ou, em caso mais grave, ser banida da lista de fornecedores.
No documento, a Petrobras explicou que o “bloqueio cautelar” inclui as empresas cujos grupos econômicos formavam um cartel para dividir os contratos da estatal.
E essa lista foi feita com base nas delações premiadas dos envolvidos no esquema de corrupção.
Segundo a Petrobras, foram considerados os depoimentos do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef prestados em outubro na Justiça Federal do Paraná. Foram analisados ainda os testemunhos de Julio Gerin de Almeida Camargo (do Grupo Toyo) e de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (do Grupo Setal).
A Petrobras informou que os escritórios de investigação contratados por ela (o Trench, Rossi e Watanabe Advogados e Gibson; e o Dunn & Crutcher LLP) identificaram sinais de que o esquema também atingiu a Petros, o fundo de pensão da estatal, e, por isso, a instituição também será alvo da apuração interna feita pela estatal.
Confira a lista das 23 empresas: Alusa, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, Fidens, Galvão Eng., GDX, Iesa, Jaraguá Equiipamentos, Mendes Júnior, MPE, OAS, Odebrecht, Promon, Queiroz Galvão, Setal, Skanska, Techint, Tomé Engenharia e UTC.