Blog do Levany Júnior

Carnaubais RN; Dificuldades são ‘maiores do que podem imaginar’, diz Temer

O presidente em exercício, Michel Temer – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

O presidente interino Michel Temer disse em seu Twitter nesta sexta-feira que pegou o Brasil em dificuldades “maiores do que podem imaginar” e que o governo interino não vai fazer “nada contra os trabalhadores”.

“Pegamos o país em grande dificuldades. Elas são maiores do que vocês podem imaginar”, escreveu, e completou criticando o governo afastado de Dilma Rousseff por ter dificultado a transição: “Quando assumimos não tivemos transição. Não tivemos portas abertas”.

Temer também garantiu que não tomará ações contra trabalhadores. Ele publicou essas frases enquanto recebe centrais sindicais no Palácio do Jaburu.

Na próxima segunda-feira, as centrais devem voltar a se reunir com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. As discussões se aproximam de um mês — prazo que o governo estipulou para fechar uma proposta de reforma previdenciária.

Os prognósticos para o Planalto não são bons. As centrais não querem pontos centrais da reforma, como redução da idade mínima e validade das novas regras para quem já está no mercado de trabalho. Atrelada ao governo afastado de Dilma, a CUT se recusou a participar das negociações.

Segundo Paulinho da Força (SD-SP), cerca de cem sindicalistas foram ao almoço com Temer no Jaburu. A próxima reunião do grupo de trabalho que negocia a Previdência com a Casa Civil só será segunda-feira. Na semana que vem, vence o prazo de um mês que o governo havia dado para decidir a questão – o que não deverá ser feito.

As centrais sindicais continuam impassíveis: em vez de aceitar mudanças na aposentadoria, apresentam uma lista de pedidos para resolver problemas de “curto prazo” da Previdência e aumentar a arrecadação, como regulamentação dos jogos de azar e destinação de receitas para o sistema, a criação de um Refis (programa de parcelamento de dívidas) para recuperar R$ 236 bilhões de dívidas ativas com a Previdência e até uma nova medida provisória de leniência que não puna as empresas, mas os funcionários que praticaram atos ilícitos. Esses pontos, apresentados em carta das sindicais ao Planalto na última terça, continuam sendo defendidos.

— Nós não queremos interferir na Lava-Jato, mas as empresas não podem pagar pelos malfeitos que os diretores fizeram, e isso pode rapidamente alavancar o setor da construção civil — disse Paulinho, e completou:

— O governo insiste em idade mínima e as centrais sindicais não concordam e vamos para frente. Vamos discutir.

O Globo

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