Blog do Levany Júnior

Candidato do PSDC espera que pleito seja aula de civilidade e respeito

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Joaquim Pinheiro

Repórter de Política

Candidato a deputado federal, o advogado Joanilson de Paula Rêgo diz acreditar que nas eleições deste ano aconteça uma “aula de civilidade e respeito às ideias contrárias” protagonizadas por “excelentes candidatos ao Governo do Estado e ao Senado”, dos quais, segundo ele, “se espera o debate livre e inteligente sobre o futuro do Rio Grande do Norte, distante da intolerância e das rixas pessoais”. Joanilson de Paula Rêgo, que é professor universitário, conferencista, mestre em administração pública e ex-presidente da OAB/RN, informa que o seu partido, o PSDC, decidiu apoiar a candidatura de Henrique Alves ao Governo do Estado porque o deputado do PMDB representa a classe política do Rio Grande do Norte articulada com as grandes lideranças nacionais que poderá resultar num aporte de recursos indispensáveis à recuperação do Estado. Sobre sua candidatura a deputado federal, o advogado afirmou: “considero um dever, oferecer meu nome novamente a escolha popular. O meu perfil de vida, de luta e de estudos, realmente contraria espaço no Congresso Nacional ou em qualquer Casa Legislativa, por isso não quero cometer o pecado da omissão”. Segue a entrevista:

O JORNAL DE HOJE – Por que a decisão do PSDC de apoiar a candidatura do PMDB para o Governo do Estado?

JOANILSON DE PAULA RÊGO – O pragmatismo na política é uma característica dos dias presentes no Brasil enquanto não se fizer a reforma política. Então, não nos ligamos em princípios apenas, e sim, à possibilidade concreta de articulação a nível nacional que possa resultar num aporte de recursos indispensáveis à recuperação do Estado. Inegavelmente, hoje o deputado Henrique Eduardo Alves representa a classe política do nosso Estado articulada com as grandes lideranças nacionais.

JH – De que forma o PSDC poderá contribuir nessa eleição?

JPR – O PSDC tem uma história no Brasil e no Rio Grande do Norte de procurar privilegiar a decência e a competência como condições do exercício de qualquer cargo público, eletivo ou não. Algumas pessoas identificam isso muito bem, tano que uma pessoa dirigiu-se a mim dizendo o seguinte: doutor Joanilson, seja candidato. O senhor tiraria primeiro lugar se a candidatura fosse por concurso. Claro que isso é o PSDC. Isso restaura a confiança do povo e é praticado por nós, não apenas por palavras, mas sito como exemplo de como o PSDC exerce o mandato através da vereadora Eleika Bezerra no trato com os assuntos públicos. Além disso, nas conversas com o candidato majoritário que vamos apoiar ficou evidente a nossa participação na formulação e execução dos planos e programas governamentais.

JH – Qual sua expectativa sobre o pleito e em particular com relação a campanha eleitoral?

JPR – Penso que será uma aula de civilidade e de respeito às ideais contrárias. Temos excelentes candidatos ao governo, ao Senado dos quais se espera o debate livre e inteligente sobre o futuro do Rio Grande do Norte, bem distante da intolerância e das rixas pessoais.

JH – Como os senhor analisa essa união de vários partidos apoiando a candidatura de Henrique Eduardo Alves para governador?

JPR – Vejo num primeiro momento plano como ausência de comprometimento doutrinário ou ideológico. E num segundo plano como uma demonstração inequívoca da desnecessidade de tantas legendas, vez que está mantida a legislação partidária atual que privilegia a concentração de Poder nos grandes partidos.

JH – O que o senhor espera dos detentores de mandato e militantes do seu partido?

JPR – Espero que sigam a orientação da Executiva Estadual com relação ao voto majoritário e que se empenhem na busca de votos para os nossos candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa.

JH – Sua candidatura a deputado federal é uma recomendação da Executiva Nacional?

JPR – É uma recomendação, quase exigência, pois a direção nacional deposita muita fé na nossa história e na nossa conduta política.

JH – Existem chances reais de vitória?

JPR – Se a voz das ruas ecoar nessas eleições, se o nível de consciência política estiver mais elevado, se a fé sobrepujar a descrença, o desânimo e a desilusão. Se a razão superar os interesses imediatistas e as paixões inconsequentes, então haverá uma chance para candidaturas legítimas.

JH – O que o senhor recomendaria ao futuro governador nesse momento de dificuldade que vive o Estado?

JPR – Minha primeira recomendação é que os recursos do Estado e os da Prefeitura sejam mantidos para a segurança da nossa população no mesmo nível e nos mesmos quantitativos que foram destinados para oferecer segurança aos turistas que vieram ao nosso Estado para os jogos da Copa do Mundo. As outras recomendações e sugestões técnicas elaborarei e serão voltadas para a empregabilidade, mobilidade urbana, cultura, educação, infraestrutura de estradas e portos, e finalmente, a questão da saúde, pois o nosso povo sofre muito quando adoece.

JH – Sua opinião sobre os candidatos considerados alternativos, ou de esquerda.

JPR – Acho que prestam um grande serviço à democracia, sobretudo porque oportunizam as pessoas que estão fortemente desiludidas a expressarem o seu descontentamento. Além disso, colaboram com ideias inovadoras e corajosas, tais como a criação de um sistema de transporte público para a população e outros projetos de forte conteúdo social e coletivo.

JH – Existe alguma correlação entre o insucesso da Seleção Brasileira e a eleição para a Presidência da Republica?

JPR – Acho que o povo brasileiro já atingiu o mível de discernimento capaz de separar as coisas com relação a esse tema. Chega de explorar os sentimentos do povo em busca de voto. A Copa do Mundo terminou, mas o dever cívico de procurar escolher os mais dignos e mais competentes permanece como única exigência capaz de fazer o cidadão mudar pelo voto o seu próprio destino.

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