E comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse, de mim ouvistes.
Porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.
Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel?
Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade;
mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.
Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos.
Como podemos observar, o próprio Senhor Jesus, criou uma expectativa no coração dos discípulos: os mesmos deveriam permanecer na cidade esperando uma promessa jamais conhecida dos homens, algo inusitado, iriam receber um batismo que viria do alto, nada aqui da terra, nada que o homem pudesse imaginar como seria. É evidente que no coração dos discípulos existia uma expectativa segundo uma visão humana o que era bem natural, visto que jamais conseguimos imaginar algo que nunca vimos.
A pergunta dos discípulos no verso 7 mostra isso: Senhor, será este o tempo de restaurares o reino a Israel? A visão deles era totalmente terrena, eles sonhavam com isto, respiravam dias melhores para o povo. Porem o que Deus tinha para eles ia muito além do que eles poderiam imaginar. Deus não está apenas interessado em resolver os nossos conflitos terrenos, ele tem muita coisa do céu para nos dar e para nos revelar, isto tudo aqui na terra vai passar, mas o que é do céu permanecerá para sempre.
Jesus responde aos discípulos não com o que eles queriam ouvir, mas com o que precisavam ouvir. Precisamos estar preparados para isto, nem sempre o Senhor nos responderá com o que queremos ouvir, mas sempre nos responderá com o que precisamos ouvir.
Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o pai reservou para a sua exclusiva autoridade, Isto ele fará ao seu tempo, a restauração virá, mas quando isto ocorrerá não é de vossa competência, por enquanto vocês irão ser os arautos deste tempo que ainda irá chegar, por enquanto sereis reparadores de brechas, sereis estimuladores de fé nos corações, e para isso é só permanecer em Jerusalém até que do alto sejais revestidos de poder, recebereis poder ao descer sobre vós o ESPÍRITO SANTO e tereis autoridade para serdes minhas testemunhas, não somente aqui em Jerusalém, mas em toda a Judéia, Samaria, e até aos lugares mais afastados da terra, onde existir gente devereis testemunhar do meu poder.
Passados mais de dois mil anos, a mesma expectativa que tinham os discípulos, por incrível que pareça, continua latejando em nossos corações. Estamos sempre querendo ver o poder de Deus se manifestar e executar a sua justiça nos homens.
O grande problema é que queremos ver a justiça de Deus mas não queremos pagar o preço. Não devemos nos esquecer que Elias pediu a Deus para não chover, mas ele mesmo sofreu consequências da falta de chuva.
Entendamos o seguinte:
1º) Jesus não nos mandou olhar para sinais nos homens, mas para os sinais dos tempos. Para os discípulos em atos ele mandou que ficassem em Jerusalém até, que fossem revestidos de poder, mas que olhassem para a figueira procurando observar quando as suas folhas estivessem verdes, de certo saberiam que estava próximo o verão. Assim também quando vissem todos os sinais dos tempos acontecendo, ficassem apercebidos porque estaria próximo a nossa redenção. Ou seja, Jesus não deu data para a restauração, mas deu sinais e mandou que ficássemos olhando para os sinais dos tempos e não para os sinais dos exibicionistas.
2º) Precisamos de poder? Sim, precisamos de um avivamento? Sim, precisamos ver Deus agindo com poder? Sim, tudo isso tem que fazer parte da nossa vida, afinal estamos no mundo. Mas o que precisamos estar atentos é que a nossa expectativa maior, é com a volta do nosso Senhor e com o céu que nos espera, até a natureza geme aguardando a redenção dos filhos de Deus.
Vamos buscar a Deus com temor e tremor, com responsabilidade e com corações humildes e verdadeiros diante de Deus, vamos buscar e permanecer em Jerusalém, não vamos sair de Jerusalém, não vamos sair dos parâmetros traçados por Deus, vamos continuar sendo simples como as pombas e prudentes como as serpentes.
3º) Não podemos nos esquecer que Jesus nos advertiu com veemência que fossemos vigilantes, nos mandou que vigiasse e orasse, pois haveriam de surgir falsos mestres, falsos profetas, nos advertiu que haveriam escândalos e isto era algo inevitável que acontecesse, mas “ÁI”, daqueles por onde viessem estes escândalos.
Ora, se ele mandou que vigiássemos, que fôssemos prudentes, é porque qualquer um de nós, sem exceção, seríamos vulneráveis e alvos destes escândalos, sem dúvida alguma.
O grande problema é que achamos sempre que somos os mais sábios e os mais atentos, e é exatamente nesta hora que o inimigo nos apanha, pensamos que estamos de pé, mas Paulo nos alertou:
Aquele que “pensa” estar de pé, cuide para que não caia.
Conclusão :
Qual deve ser a nossa expectativa em nossos dias?
PRECISAMOS ESTAR SEMPRE, NOS FAZENDO AS SEGUINTES PERGUNTAS:
1º ) Qual a melhor forma de eu passar a mensagem que o meu Senhor me comissionou à fazer?
2º ) O que eu posso fazer, para alcançar esta grande multidão perdida em nossos dias?
3º ) Como ser um referencial para os meus filhos, meus netos, para as gerações futuras?
Procedendo desta forma, dificilmente seremos escândalos e estaremos atendendo a vontade do nosso mestre, e sem dúvida nenhuma estaremos preparados para a hora que a trombeta soar.
4º ) Qual o legado que vou deixar para as próximas gerações.
Qual é a sua expectativa?
Autor: Sergio Fraga
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