Apesar de ter recebido novo estoque para vacinação contra gripe H1N1 na quinta-feira (28), alguns postos de Salvador ficaram sem vacina na manhã desta segunda-feira (2), por conta da alta procura pela imunização, de acordo com a Secretaria de Saúde do Município.
Segundo a chefe do setor de imunização, Doiane Lemos, a prefeitura recebeu 80 mil doses da vacina na quinta, começou a distribuir metade das doses nos postos na sexta-feira (29) e o restante nesta segunda. No entanto, por conta do grande movimento nos postos, o público-alvo não encontra a vacina em locais como os centros de saúde Ramiro de Azevedo, no Campo da Pólvora e Manoel Vitorino, em Brotas.
“Alguns postos amanheceram nesta segunda sem vacina porque a vacinação foi intensa na sexta e os postos já estão requerendo novo estoque. Ainda temos 15 mil doses no estoque hoje, mas é insuficiente. Desde que a vacinação começou, 40 a 50 mil pessoas são vacinadas por dia nos postos da cidade. A partir de amanhã [terça-feira, 3], deve faltar. Ainda não há expectativa de quando vão chegar mais doses”, afirma a chefe de Imunização.
Doiane Lemos afirma que as unidades de saúde enfrentam a falta da vacina porque são situadas em locais centrais da cidade e de grande circulação de pessoas. “A população continua buscando postos mais centrais, o que compromete o estoque. A população não procura os próprios bairros. A vacina foi distribuída para todas as salas de vacina. É indicado que procure postos de menor circulação porque acaba gerando filas nos postos centrais”, afirma Doiane.
O Dia D de vacinação contra a gripe, que estava marcado em todo o país no sábado (30)e foi suspenso em Salvador, segue sem previsão de quando vai acontecer na capital baiana. “Não tem como fazer nenhum planejamento diante do que a gente está vivenciando, por conta da grande procura”, explica Doiane.
Até esta segunda-feira, os postos da capital baiana vacinaram 300 mil pessoas, equivalente a 49% do público alvo, que é formado por idosos (a partir de 60 anos), crianças (de 6 meses a menores de 5 anos), gestantes, puérperas (mulheres que ganharam bebê nos últimos 45 dias), trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas e população privada de liberdade. A meta da secretaria de Saúde é vacinar 80% do público alvo até o último dia de imunização, 30 de maio.
